A mastologista Gláucia Mesquita encerrou na tarde desta sexta-feira (25), o ciclo de palestras e debates sobre a importância de prevenir o câncer de mama. A ação integrou a programação do Outubro Rosa, realizada pela Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com a Sociedade Brasileira de Mastologia, no Maranhão.
Na ocasião a médica proferiu a palestra "Câncer de mama: prevenção e autocuidado" e apresentou à platéia os resultados dos questionários aplicados entre as funcionárias do Hospital Geral Tarquínio Lopes Filho.
Participaram da pesquisa funcionárias acima de 35 anos, que responderam a questões como idade, peso, casos de câncer na família, se teve ou não filhos, baseadas nos fatores considerados de risco para o câncer de mama.
"A ideia de fazer o questionário foi muito boa, pois ele funciona como uma espécie de raio x das nossas funcionárias e, a partir do resultado, podemos traçar estratégias que previnam não apenas do câncer de mama, como possibilitem maior qualidade de vida", disse a mastologista.
De acordo com os dados, 19% das funcionárias do Hospital Geral têm parentes de primeiro grau com histórico positivo para câncer; 18% não têm filhos; e, entre as que são mães, 90% amamentaram. "Isto é muito bom, pois a amamentação diminui as chances de a mulher desenvolver câncer de mama", ressaltou Gláucia Mesquita.
Um dado que chamou a atenção foi fato de que apenas 30% das entrevistadas estarem com o exame de mamografia em dia. Cinquenta por cento estão com o exame em atraso e 16% nunca fizeram mamografia. "A mamografia é muito importante, pois ajuda a detectar o câncer no início, aumentando, assim, as chances de cura", alertou a médica.
De acordo com a gerente de qualidade do Hospital Geral, Ana Tereza Oliveira as funcionárias mapeadas e que necessitam fazer a mamografia, serão encaminhadas ao mamógrafo móvel da SES que está na Maternidade Marly Sarney e terão acompanhamento médico. "Estes dados nos ajudarão a cuidar de nossas funcionárias, pois às vezes nos dedicamos a tratar dos outros e deixamos um pouco de lado o cuidado pessoal", disse Ana Tereza Oliveira.
Entre os fatores que desencadeiam preocupação está o fato de que 67% das entrevistadas assumiram que não praticam nenhuma atividade física. Além disto, 43% delas estão com sobrepeso; 11% têm obesidade em grau um e 3% em grau 2. "O bom é que entre as funcionárias que responderam o questionário, apenas 3% são fumantes e isto é excelente", festejou a médica.
Para a psicóloga Ana Carolina Barcelos a campanha feita com as funcionárias do Hospital Geral foi de grande importância. "As pessoas se envolveram, puderam trocar experiências e agora podem servir de multiplicadoras destas informações", opinou a psicóloga.
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