Brasília - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou ontem 16/01, a
criação de 1.973 voos no período da Copa do Mundo. No total, as empresas aéreas
solicitaram alterações ou inclusões em aproximadamente 80 mil voos entre os dias
6 de junho e 20 de julho. Esse número representa 42% do total de voos do
país.
De acordo com o diretor-presidente da Anac, Marcelo Guaranys, para atender
aos pedidos, a agência adequou os horários para respeitar a capacidade dos
aeroportos. Com isso, ainda pode haver alteração na quantidade de voos
incluídos, uma vez que a empresa vai analisar o horário que lhe foi concedido,
podendo solicitar ajustes ou até mesmo desistir do voo. As companhias devem
encaminhar resposta para a Anac até o dia 31 de janeiro.
As rotas mais solicitadas pelas companhias aéreas foram do aeroporto do
Galeão (RJ) para Ezeiza (Buenos Aires), de Brasília (DF) para Guarulhos (SP), de
Fortaleza (CE) para Guarulhos (SP), do Santos Dumont (RJ) para Viracopos
(Campinas) e do Galeão (RJ) para o Aeroparque (Buenos Aires). A maioria das
alterações ou inclusões foi solicitada pelas empresas brasileiras Azul, Gol,
Avianca e TAM.
Guaranys
afastou a possibilidade de um “caos aéreo” no país durante a Copa do Mundo por
causa dos novos voos. Segundo ele, as análises da Anac levaram em consideração a
capacidade atual de cada aeroporto em receber voos e passageiros, e apenas obras
com garantia de entrega até o Mundial. “Todos os pedidos de novos voos estão
sendo aprovados dentro das capacidades dos aeroportos. Estamos considerando as
obras quase prontas e para as demais obras com ampliação de capacidade,
poderemos ter [oferta de] novos voos mais para frente”.
Para Guaranys, os preços das passagens devem diminuir a partir de agora, pois
a oferta de voos aumentará com a definição dos locais de jogos de cada seleção.
Ainda assim, a Anac vai acompanhar os valores adotados pelas empresas. “Estamos
monitorando quinzenalmente os preços das passagens vendidas daqui até a Copa do
Mundo. Estamos recebendo e auditando essas informações e vamos acompanhar essa
tarifa. Caso haja algum problema com tarifas abusivas, comunicaremos os órgãos
de defesa do consumidor, para que, juntos, possamos tomar as atitudes
necessárias”.
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