Administrar o dinheiro público é coisa
séria, e não foi o que aconteceu na administração anterior, às escolas
da zona rural de Coroatá, principalmente as que ficam nas localidades
Piedade e Estiva, mostram condições visíveis da falta de compromisso que
a administração anterior tinha com a população. Durante duas semanas a
equipe de reportagem da secretaria de comunicação visitou os povoados
para constatar de perto o que estava acontecendo, e o que foi comprovado
foi a ineficiência de um trabalho feito sem seguir as exigências
necessárias e usando material de péssima qualidade.
As escolas hoje encontram-se com grandes
rachaduras e com risco eminente de desabamento, o que faz com que
crianças e professores corram perigo de vida. Na escola da estiva bem na
chegada se vê logo de cara a seriedade do problema, uma rachadura
ameaça partir a escola bem no meio, esta mesma escola visitamos na
semana passada, e com alguns dias da primeira visita para a segunda
vista já deu pra notar que a rachadura evoluiu de forma muito rápida
aumentando sua gravidade.
Na nossa segunda visita fomos
acompanhados do Engenheiro Dr. Ernani Oliveira Alves da secretaria de
infraestrutura municipal, em uma breve vistoria ele apontou todos os
problemas e o que causou cada um deles.
A primeira escola escolas a ser
visitadas em companhia do engenheiro foi a do povoado Piedade, uma
escola construída somente há dois anos e meio atrás, depois da avaliação
ele nós contou o que estava acontecendo na escola, “A principio nós
fizemos uma vistoria geral para conhecer as escolas e identificamos
falhas básicas de construção, eu posso afirmar de forma clara que essa
construção não teve base, ou seja, a fundação que é a base de toda
construção ela simplesmente não existe nesta escola, ou seja, não foi
usado nenhum método de segurança para sustentação, como por exemplo uma
cinta de amarração, pilares ou mesmo vigas de sustentação, resumindo,
toda alvenaria está solta nesta construção, além dela está solta não há
amarração nos pontos principais de sustentação do telhado através das
treliças, nestes pontos não existem pilares também, e como não tem
pilar, não tem viga, não tem base pra sustentar essa parede acaba
acontecendo um recalque diferencial e esse recalque é provocado pela
deficiência da fundação, essa é a causa das rachaduras nas paredes e o
que vai levar fatalmente ao desmoronamento da escola”.
Segundo Ernani Oliveira, outras visitas
serão feitas ainda ao local para fazer furos de sondagem que servirão
para entender melhor a estrutura, segundo ele serão feitos dois furos de
sondagem no local daí então será feito um projeto estrutural de
recuperação para se aproveitar o que ainda pode servir, como por exemplo
o telhado e uma ou duas paredes.
Na visita a escola do povoado Estiva o
engenheiro chamou o trabalho feito naquele lugar de “aberração da
construção civil” por serem falhas que nunca deveriam ter acontecido
principalmente pelo fato de que se tratava de um lugar feito para
abrigar crianças durante o período de aulas. Lá já foram feitos os furos
de sondagem, e foi constatado que não houve compactação do solo antes
de que fosse erguida a escola, causando desagregamento do material
contido no solo e levando a edificação a mover-se de lugar gerando as
rachaduras e outros problemas, a falha construtiva foi feita de forma
absurda, e para entulho foi usado resto de construção, até as lajotas
usadas no piso saem facilmente sem esforço nenhum mostrando a
possibilidade de não ter sido usada nem argamassa no assentamento do
material, outro fator que causou o dano teria sido a falta de amarração,
ou seja, a exemplo da outra escola não existem pilares e nem vigas de
sustentação, o peso do telhado tem forçado as paredes o que mais tarde
vai causar o seu desabamento fazendo as paredes se abrirem caindo para
fora. Não houve o mínimo critério na construção, até o material usado é
de péssima qualidade.
Por orientação da Prefeita Teresa Murad
todas as escolas da zona rural construídas no governo anterior serão
vistoriadas em visitas feitas pelo engenheiro e sua equipe.
As crianças que frequentam essas escolas
foram transferidas para outras escolas visando a segurança delas, e por
determinação da prefeita a secretaria de infraestrutura está agilizando
a solução para o problema das duas escolas.
Fonte: SECOM/CTA
ConversãoConversão EmoticonEmoticon