Escolas da zona rural construidas na administração anterior correm o risco de desabar


Administrar o dinheiro público é coisa séria, e não foi o que aconteceu na administração anterior, às escolas da zona rural de Coroatá, principalmente as que ficam nas localidades Piedade e Estiva, mostram condições visíveis da falta de compromisso que a administração anterior tinha com a população. Durante duas semanas a equipe de reportagem da secretaria de comunicação visitou os povoados para constatar de perto o que estava acontecendo, e o que foi comprovado foi a ineficiência de um trabalho feito sem seguir as exigências necessárias e usando material de péssima qualidade.

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As escolas hoje encontram-se com grandes rachaduras e com risco eminente de desabamento, o que faz com que crianças e professores corram perigo de vida. Na escola da estiva bem na chegada se vê logo de cara a seriedade do problema, uma rachadura ameaça partir a escola bem no meio, esta mesma escola visitamos na semana passada, e com alguns dias da primeira visita para a segunda vista já deu pra notar que a rachadura evoluiu de forma muito rápida aumentando sua gravidade.

Foto tirada no dia 09/10/2014

Foto tirada no dia 15/10/2014,observa-se que o topo da rachadura abriu mais um pouco nesse intervalo de dias
Detalhe da rachadura que aumentou no período de 6 dias

Na nossa segunda visita fomos acompanhados do Engenheiro Dr. Ernani Oliveira Alves da secretaria de infraestrutura municipal, em uma breve vistoria ele apontou todos os problemas e o que causou cada um deles.

A primeira escola escolas a ser visitadas em companhia do engenheiro foi a do povoado Piedade, uma escola construída somente há dois anos e meio atrás, depois da avaliação ele nós contou o que estava acontecendo na escola, “A principio nós fizemos uma vistoria geral para conhecer as escolas e identificamos falhas básicas de construção, eu posso afirmar de forma clara que essa construção não teve base, ou seja, a fundação que é a base de toda construção ela simplesmente não existe nesta escola, ou seja, não foi usado  nenhum método de segurança para sustentação, como por exemplo uma cinta de amarração, pilares ou mesmo vigas de sustentação, resumindo, toda alvenaria está solta nesta construção, além dela está solta não há amarração nos pontos principais de sustentação do telhado através das treliças, nestes pontos não existem pilares também, e como não tem pilar, não tem viga, não tem base pra sustentar essa parede acaba acontecendo um recalque diferencial e esse recalque é provocado pela deficiência da fundação, essa é a causa das rachaduras nas paredes e o que vai levar fatalmente ao desmoronamento da escola”.

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Segundo Ernani Oliveira, outras visitas serão feitas ainda ao local para fazer furos de sondagem que servirão para entender melhor a estrutura, segundo ele serão feitos dois furos de sondagem no local daí então será feito um projeto estrutural de recuperação para se aproveitar o que ainda pode servir, como por exemplo o telhado e uma ou duas paredes.

Na visita a escola do povoado Estiva o engenheiro chamou o trabalho feito naquele lugar de “aberração da construção civil” por serem falhas que nunca deveriam ter acontecido principalmente pelo fato de que se tratava de um lugar feito para abrigar crianças durante o período de aulas. Lá já foram feitos os furos de sondagem, e foi constatado que não houve compactação do solo antes de que fosse erguida a escola, causando desagregamento do material contido no solo e levando a edificação a mover-se de lugar gerando as rachaduras e outros problemas, a falha construtiva foi feita de forma absurda, e para entulho foi usado resto de construção, até as lajotas usadas no piso saem facilmente  sem esforço nenhum mostrando a possibilidade de não ter sido usada nem argamassa no assentamento do material, outro fator que causou o dano teria sido a falta de amarração, ou seja, a exemplo da outra escola não existem pilares e nem vigas de sustentação, o peso do telhado tem forçado as paredes o que mais tarde vai causar o seu desabamento fazendo as paredes se abrirem caindo para fora. Não houve o mínimo critério na construção, até o material usado é de péssima qualidade.
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Por orientação da Prefeita Teresa Murad todas as escolas da zona rural construídas no governo anterior serão vistoriadas em visitas feitas pelo engenheiro e sua equipe.

As crianças que frequentam essas escolas foram transferidas para outras escolas visando a segurança delas, e por determinação da prefeita a secretaria de infraestrutura está agilizando a solução para o problema das duas escolas.

Fonte: SECOM/CTA
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