Vereador, Diogo (PT) |
O parlamentar Raimundo Diogo (PT) foi o primeiro orador da última Sessão Ordinária e fez uso dos 30(trinta) minutos que lho tem direito como orador do Grande Expediente e defendeu o nome da presidenta Dilma Rousseff candidata à reeleição e comparou números do governo Lula com FHC durante pronunciamento, confira seu discurso feito da tribuna:
Senhor presidente, eu quero lamentar a ausência de alguns vereadores certamente tem motivo, porque afinal de contas quando agente é candidato não implora, mas anda bem pertinho de implorar eu acho que teve alguém que até implorou dizendo "pelo amor de Deus", mas não é o certo, não é normal, o certo é apresentar propostas, apresentar sua vida, suas qualificações e o eleitor escolher dentre os candidatos.
Agora eu gostaria de
entrar no núcleo da minha fala. Nós estamos vivendo no Brasil a disputa de dois
poderes ideológico, de poderes de administração, de tratamento do ser humano,
essa disputa da presidente Dilma Rousseff, pelo Partido dos Trabalhadores,
contra o senador Aécio Neves, do PSDB.
Eu gostaria que nós prestássemos
bastante atenção os rumos que nós vamos dar para este país. Eu costumo dizer
que quando você vai fazer uma viagem à noite, você vai guiado, naturalmente,
pelo farol do seu carro ou da sua moto, ou ainda uma lanterna, caso ande de
bicicleta, ou mesmo a pé. O farol orienta por onde você vai andar. Da mesma
forma acontece com os governos. Eles têm um farol ou a lanterna que guiam por
onde eles querem andar.
E aqui eu entro na comparação dos modelos que estão em
debate. Nós temos o modelo da social democracia, da flexibilização das leis
trabalhista, do crescimento salarial, da terceirização, um modelo do cambio
forte em detrimento do trabalhador. Durante o governo de Fernando Henrique, o
Brasil quebrou. A cada espirro que a economia internacional dava o Brasil
ficava com pneumonia. Nós acompanhamos nos últimos anos a maior crise depois da
crise de 1915, a maior crise internacional da economia, e o Brasil ofertou
recursos aos Estados Unidos. O Brasil criou o Fundo de Soberania Nacional, é
como se um trabalhador que ganha um salário mínimo guardasse todo ano R$ 50,00
para na hora do aperto ele ter um dinheiro para comprar um remédio, pra fazer
uma viagem, pra comprar algo que fosse necessário.
O Brasil guardou e agora na
hora da crise a presidente Dilma teve bilhões de reais guardados pra colocar na
economia. Os Estados Unidos não, eles quebraram o banco, foram ao Banco
Mundial, fizeram tudo, além de um desemprego terrível. E nós temos um governo
que o Partido dos Trabalhadores e seus aliados, que ao longo destes anos,
realizamos programas sociais importantíssimos nesse país. Eu vou citar o que
mais me enche os olhos, o programa luz para todos. Em 10 anos o governo de Lula
e Dilma, que era a Ministra de Minas e Energia, foi quem concedeu o plano do
programa Luz para Todos. Aqui em Coroatá os Povoados foram contemplados de
forma brilhante, assim como milhares de coroataenses, que passaram a ter
energia. Com isso melhorou-se a qualidade de vida dos maranhenses.
O Brasil
passou a ter quase 20 milhões de pessoas no mercado consumidor, desses,
aproximadamente 14 milhões compraram geladeiras, televisão.
O valor do trabalhismo, o
valor do presidente Lula e da presidente Dilma apontou para esse povo que vivia
nas trevas, literalmente falando, que não tinha luz elétrica em suas casas. Nós
teremos a oportunidade de mantermos esses avanços e avançarmos mais ainda, ou
teremos o governo dos sociais democratas que levavam a energia lá para a
fazenda, deixando o lavrador ver apenas os fios passarem por cima da sua casa.
Temos também o “Minha
Casa Minha Vida”, onde foram construídas 3 milhões e 700 mil casas e estas
casas atenderam milhões de brasileiros. Dados do Ministério das Cidades afirmam
que 32% das casas existentes no Brasil, hoje, foram construídas pelo “Minha
Casa Minha Vida”. Isso faz com que a cada dia possamos ter a certeza que o
farol que deve iluminar o povo deve ser aquele que olha para o lado dos
menores. Frase do ex-presidente Lula: “Os ricos tem como resolver seus
problemas”. Se eles os adoecem tem como resolverem, como é o exemplo da
prefeita Teresa Murad, que rapidamente foi para o Sírio-Libanês em São Paulo.
Infelizmente entre as classes estarão às diferenças.
Também podemos falar do
PROUNI, este programa que colocou à disposição dos brasileiros a oportunidade
do filho do pobre, do filho do rico, igualzinho. Por que existe uma hipocrisia,
podemos dizer que os filhos dos pobres não tinham oportunidade. Um exemplo até
mesmo da elite, o ex-presidente Fernando Henrique disse que o Bolsa Família do
Luca era o Bolsa Miséria, na última campanha alguém disse é o Bolsa Preguiça,
mas eu quero dizer pra vocês, sabe qual é o Bolsa Preguiça? São a Universidade
Federal, quase todas elas. Porque quem passa nas Universidades Federais, 90%
são os filhos dos ricos, porque a educação do Brasil é fraca. Eles têm a
oportunidade de se prepararem nos melhores cursinhos e o mais grave é que
depois de se formarem eles vão para fora do Brasil fazer graduação, mestrado e
lá eles ficam, ou quando voltam para o Brasil eles querem ficar só em São
Paulo, Rio de Janeiro, não vem para o nordeste. Daí, o Programa “Mais Médicos”,
que é aprovada pelo povo e rejeitada pelas elites. Sabe-se que esse programa
foi colocado para os brasileiros, mas eles recusarão de ir para a Amazônia, ou
cidades pequenas no nordeste, por exemplo, então se contrata mão de obra
qualificada onde tem.
Se analisar também, o
governo do PT foi o que deu a maior valorização do salário mínimo. Hoje o povo
brasileiro tem um salário mínimo que ainda não é o necessário para manutenção
de três pessoas, mas é um dos melhores salários mínimos da história deste país,
mas a social democracia que aprovaram a receita que não serve para eles é como
alguém que sobe no prédio e derruba a escola. Então a receita que é dada pelos
Estados Unidos, Inglaterra, pelo FMI é uma receita que afunda os países. A
Coreia não obedeceu aos mandamentos do FMI, vocês sabem como a Coreia do Sul está
desenvolvida, um povo educado, informado, nós transportamos toneladas de ferro
para lá e eles mandam caixotes de chips e paga àquela tonelada e ainda sobra
muito dinheiro. Isso é conhecimento, agregação de valor, porque deu importância
na educação e nós temos a convicção de que a valorização do salário, a educação
com o ProUni, Pronatec, a inclusão social, tudo isso precisa ser mantido. Se
nós olharmos a questão do serviço público, eu tenho 27 anos que sou servidor
público, desses 27 anos eu passei 15 anos ouvindo todo janeiro, quando o
governo anunciava as metas para aquele ano, demissão de tantos funcionários, o
governo de Itamar, Collor, Sarney, tudo demitia, o presidente Lula assumiu,
acabou essa história. Nunca mais um presidente veio a público ameaçar os
servidores de demissão, porque o FMI dizia para diminuir a quantidade de
servidores públicos, aumenta a mão de obra iniciativa privada. Eu fiz uma
anotação rápida que diz assim: no governo do Lula de 2003 e no governo da Dilma
até 2014 foram admitidos por concurso público quase 250 mil servidores
públicos. E nos 8 anos do governo de Fernando Henrique foram admitidos 51 mil,
porque a receita era apertar, diminuir o Estado para favorecer os empresários,
diminuir a força dos Estados privatizando.
Eu tenho aqui uma rápida comparação alguns
números sobre os governos. Professores universitários contratados por Fernando
Henrique durante os 8 anos de governo dele: 13 mil. Contratados pelo governo do
PT, 128 mil. Médicos e técnicos do INSS, Fernando Henrique não contratou
nenhum, pelo contrário, apresentou um plano de demissão voluntária e
aposentadoria; 15 mil foram contratados por concurso público pelo PT. Policiais
Federais, Fernando Henrique, 2.500; Lula, 5.300. Pessoal de Ciência e
Tecnologia olha a importância desse país que se preocupa com seu crescimento
tecnológico, Fernando Henrique, 1.900 servidores; o governo Lula e Dilma,
8.500. Então são diferenças abissais, diferenças que não dá nem para imaginar.
Isso que estou dizendo não é para lhe convencer apenas com a história da
mudança, a história do oba-oba, precisamos de números, quem quiser comparar,
qualquer coisa desse mundo pode ser relativa, mas números não tem relatividade,
matemática é exata. Veja só, geração de empregos formais: Fernando Henrique – 5
milhões; Lula – 14 milhões e meio. Total de empregos: Fernando Henrique – 28
milhões; Lula – 39 milhões e meio. Taxa de desemprego nas regiões
metropolitanas: Fernando Henrique – 11,7% em 2002 e Lula 8,1% em 2009. Bolsa
Família: Fernando Henrique – 1,6 milhões; Lula – 10 milhões e meio. Total de
recuperação de créditos. “Diante da minha fala só me resta dizer uma coisa o farol que nós
queremos, esse nos levará ao nosso destino.” Concluiu.
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