Cristovam diz que Brasil terá que fazer escolhas para ser Brasil, Pátria Educadora

Para poder se tornar de fato uma Pátria Educadora, como propôs a presidenta Dilma Rousseff, o Brasil terá que fazer escolhas difíceis.

É o que alerta o senador Cristovam Buarque, que entregou no fim do ano passado ao senado um relatório com as soluções para o financiamento da educação.

Em seu discurso de posse no dia 1º de janeiro, a presidente Dilma Rousseff anunciou que o lema de seu governo neste segundo mandato será "Brasil, Pátria Educadora". O senador Cristovam Buarque, que passou o ano de 2014 trabalhando como relator de uma comissão temporária do Senado destinada a debater o financiamento da educação, acredita que tornar esse lema realidade é possível, se houver vontade política. O senador do PDT do Distrito Federal lembra que listou 15 fontes de financiamento que, juntas, poderiam arrecadar até 890 bilhões de reais por ano em 2034. Esse valor é, segundo ele, quatro vezes maior que o acréscimo necessário ao investimento atual em educação para concretizar seu projeto de mudança. A proposta dele se baseia em três eixos: a federalização das escolas, o investimento no ensino superior e a erradicação do analfabetismo. Mas ele alerta que para isso tanto o governo como a população terão que tomar decisões difíceis.
 
"Ali eu analiso quanto custaria ser uma educação que colocasse o Brasil como Pátria Educadora, embora naquela época não existisse ainda essa expressão, e eu coloco onde se buscaria. Nós conseguiríamos, pelas minhas propostas, quatro vezes mais do que é preciso. Agora, precisa saber se o governo – a sociedade aliás, mais do que o governo – vai querer. Por exemplo, vai querer parar o sacrifício fiscal da desoneração para a venda de automóveis, para poder colocar na educação? Aceita fazer uma nova CPMF? Um imposto sobre grandes fortunas? ", disse Cristovam Buarque.
 
Além da nova contribuição provisória, das desonerações e do imposto sobre fortunas, Cristovam aponta ainda como fontes de renda para a educação a emissão de títulos públicos pelo Tesouro, a suspensão dos gastos com publicidade do governo e os recursos recuperados pela Justiça em casos de corrupção e contrabando.
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