Senadores avaliam possíveis alterações no "pacote da Previdência"

 
Senadores avaliam que o possível recuo do governo sinaliza receio da derrubada do pacote da previdência.

Entre as medidas está o aumento do tempo para a concessão do seguro-desemprego.

Entre as propostas na pauta do Senado neste primeiro semestre estão as mudanças na concessão de benefícios previdenciários. Alegando combater fraudes, o governo aumentou de 6 para 18 meses o tempo de carteira assinada para o pagamento do seguro-desemprego. A pensão por morte não será vitalícia nem integral e só poderão solicitar o seguro defeso os pescadores que comprovarem três anos de profissão e um ano do pagamento do INSS. Diante das resistências dos sindicalistas ao pacote, o governo sinalizou que poderá fazer mudanças nas propostas. A senadora Ana Amélia, do PP gaúcho, avalia que esse provável recuo do governo pode ser mal interpretado.

Há duas formas de você interpretar esse recuo do governo. Uma é quando você erra, reconhece o erro e corrige. A outra é a incompetência e a falta de habilidade para entender e o alcance ou a polêmica que medidas desta natureza provocariam", disse A. Amélia.

O senador Paulo Paim, do PT gaúcho, um dos primeiros a revelar a contrariedade do Congresso Nacional às novas regras, avalia que a disposição do governo de negociar pode permitir a discussão dos projetos.

O governo reconheceu que não dá para enfiar goela abaixo propostas como essas que são um verdadeiro retrocesso. Essa demonstração do governo é positiva e é possível construirmos um entendimento amplamente negociado nas duas Casas, Câmara e Senado.

O senador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná, reafirmou que a oposição será contrária a qualquer perda de direitos trabalhistas.

É evidente que se fosse uma proposta para organizar o seguro-desemprego, evitar desvios, nós avalizaríamos. Se for uma proposta para retirar direitos adquiridos dos trabalhadores, nosso dever é votar contra, trabalhar contra", disse A.Dias.

A presidente Dilma Rousseff se reunirá nos próximos dias com as centrais sindicais para negociar as mudanças ao pacote da Previdência.
Proxima
« Anterior
Anterior
Proxima »
Obrigado pelo seu comentário