Pouco a pouco as pequenas cidades nordestinas foram invadidas pelas
motocicletas. O campo já havia trocado o arado puxado por animais pelos
tratores. As rodas d’água já haviam ficado no passado. E os icônicos
jegues perderam seu lugar. O animal que durante séculos acompanhou o
nordestino na lida diária começou a ser solto nas estradas, a se juntar
em tropas que provocam acidentes e vagam sem rumo. E até hoje já foram
mais de três mil animais apreendidos nas estradas. Foi daí que um
promotor público teve a ideia de utilizar a carne do jegue para
alimentar a população do sistema penitenciário do Rio Grande do Norte.
Mas a proposta não resolveria o problema da superpopulação de jegues
abandonados porque, para o consumo humano, o jegue teria de ser criado
em cativeiro para ser comido. Mas será que o brasileiro aceitaria essa
novidade à mesa?
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