Grávida perde gêmeos e fala em negligência médica

Foto: TV/Mirante
Uma mulher grávida de gêmeos perdeu os bebês após entrar em trabalho de parto e ter o atendimento médico negado em dois hospitais públicos nos municípios de Bacabal e em Alto Alegre do Maranhão, no Maranhão, nessa segunda-feira (23). A família afirma que houve negligência médica.

A gestante e o marido afirmam que procuraram atendimento durante 12 horas. No primeiro hospital que encontraram, o Materno Infantil de Bacabal, o médico teria receitado um analgésico e mandado a gestante para casa, segundo a família. Horas depois a bolsa da grávida estourou e ela precisou de atendimento novamente.

"Ela estava em pé, esperando atendimento, quando o médico chegou dizendo que era para a gente arrumar um carro particular para levarmos ela para o hospital de Alto Alegre do Maranhão. O médico disse que não enviaria ela de ambulância porque a gente não seria aceito lá. Quando eu perguntei sobre a bolsa que tinha estourado, uma enfermeira disse que 'não tinha problema' e que os bebês não iam nascer naquela hora", explica o pai das crianças.

Sem atendimento, e em um carro particular, a grávida de seis meses chegou a ser levada para o hospital de Coroatá, a 100 km de Bacabal, mas as crianças morreram no caminho. "Um nasceu dentro do carro, mas não tinha o equipamento. No hospital não tinha nenhum setor obstétrico lá e o médico levou para a sala de cirurgia para tirar o bebê de dentro da mãe, porque ela poderia acabar morrendo também", diz o pai.

A direção do hospital de Alto Alegre do Maranhão informou que não possui UTI Neo Natal, o que poderia ter salvado a vida das crianças e disse que os médicos não foram informados sobre o estado de saúde da paciente. O médico de Alto Alegre disse que o Hospital Materno Infantil errou em não transportar a jovem em uma ambulância.

A secretária de Saúde de Bacabal, Márcia Regina, informou que o Hospital Materno Infantil não se negou em atender a grávida. Segundo ela, a mãe dos gêmeos teria se negado a ser atendida pelo médico disponível no momento e solicitou o profissional que a acompanhou durante o pré-natal. E afirmou que a decisão de ir em um carro particular para outra cidade foi tomada pela própria família.
Fonte: G1/MA
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