Foto: editada/TV Mirante |
Após vistoria, Promotoria de Saúde diz que pode pedir interdição do prédio. Secretaria diz que reforma está prevista para o mês que vem.
Após reportagem que mostrou que o Centro de Saúde do João Paulo, em São Luís, está funcionando em condições precárias, o Ministério Público do Maranhão (MP-MA) afirmou, nesta sexta-feira (27), que vai pedir à Justiça a interdição do prédio.
O MP-MA informou que vai pedir que a Vigilância Sanitária faça uma
inspeção no posto. Dependendo do resultado da vistoria, a Promotoria de
Saúde pode pedir a interdição do prédio.
"Hoje mesmo já vamos requisitar, determinar que a Vigilância Sanitária,
realize uma inspeção sanitária no prazo legal de dez dias para
averiguar as condições e se trabalhar com uma interdição ou então uma
suspensão temporária dos serviços ou mesmo até o cumprimento das
exigências no prazo de trinta dias", avisa o promotor de saúde Herbeth
Figueiredo.
A principal queixa dos pacientes é o calor. "A gente tá aqui esperando
porque é o jeito, né? Não tem outra solulção. Tem que aguentar o calor,
esperar", lamenta a dona de casa Ana Cleide Santos. "Muito cheio, todo
mundo com calor, se abanando e tudo", conta outra paciente, que não quis
se identificar.
Sem o funcionamento do condicionador de ar, o prédio sem entrada de
ventilação obriga os pacientes a ficarem no calor e no escuro. Além
disso, paredes sem reboco, portas sem maçaneta e fungo nas paredes da
sala de vacina completam a situação precária de funcionamento do local.
"Muito difícil você trabalhar numa situação dessa, principalmente,
pessoas mais idosas, porque, na minha idade, ninguém quer trabalhar num
local alagado e faz mal para a saúde", diz a médica Socorro Diniz.
A Secretaria Municipal de Saúde disse que já está tomando as
providências para reformar o posto o mais rápido possível. A reforma
estaria prevista para começar já no mês que vem. "Os problemas de lá são
estruturais, que precisam de uma reforma ampla; Nós estamos já com o
cronograma feito. Essa unidade vai precisar ser desativada por pelo
menos trinta dias pra que nós resolvamos os problemas de lá", explica a
secretária de Saúde Helena Duailibe.
Fonte: G1
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