deputada Andrea Murad (PMDB) |
Acordei na semana passada e me deparei com o motorista na sala
assistindo uma dessas sessões pela TV Assembleia Legislativa do
Maranhão.
Assustado, indaguei:
– O que te fez mudar de canal?
–
Essa loira corajosa que fala tudo sem medo e deixa os homens no bolso.
Quando ela fala parece que veste calça e os deputados vestem saias. Ela
é porreta, siô! – respondeu.
Tratava-se de mais um discurso feito
pela deputada Andréa Murad. E tem sido assim todos os dias. Até um
motorista de táxi, quando meu carro estava na oficina, me respondeu que
assiste a sessão quando pode só pra olhar a “mulher corajosa botar os
homens pra correr”, como me disse o motora.
Andréa Murad é
deputada de primeira viagem, mas assusta quando toma o leme e coloca o
barco da oposiçao contra as travessias mais exaltadas.
Pouco
importa se é filha de Ricardo Murad ou parente distante de Roseana
Sarney, a quem chama de tia. O fato é que a loira incomoda sim todos os
38 deputados da bancada governista. Quando caminha para a tribuna, o
plenário cala, os jornalistas e blogueiros na expectativa de uma nova
bomba.
Percebendo que o jogo não estava sendo favorável, o governo
decidiu partir pro ataque. Escalou seus fíéis escudeiros para desmontar
a deputada. Detonar a loira é a missão agora de cada um. falam do pai
dela, mas nenhum teve a coragem até agora de convocar ou convidar o
ex-secretário de Saúde para explicar as denúncias feitas por eles.
Por
último, estão colocando que empresas que trabalharam para a Saúde foram
doadoras da campanha de Andréa Murad. Pode até ser imoral, mas não é
ilegal.
Pior mesmo foi Flávio Dino que recebeu a milionária doação
de quase R$ 4 milhões da OAS, aquela construtora baiana que está sendo
investigada pela Operação Lava Jato por ter recbido e distribuído
propinas da Petrobrás. Seus dirigentes estão todos presos e aceitaram a
delação premiada. Mas, não por acaso, nenhum dos promotores federais
teve a coragem de perguntar sobre a doação.
Segundo o procurador
Geral da República, Jannot, as doações de campanhas feitas por empresas
investigadas pela operação Lava Jato, são propinas. Mas jannot tem como
principal assessor Nicolau Dino, procurador federal, que é irmão de
Flávio Dino.
Fonte: blog do Luis Cardoso
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