Foto: JN/TVGlobo |
Alemães construíram clínica em Coroatá, cidade do leste do estado. Uma vez por ano, 14 médicos vão ao município operar de graça.
Um ano depois da Copa do Mundo, um jogador da campeã Alemanha continua fazendo bonito no Brasil.
As cores preto, vermelho e amarelo da bandeira alemã passaram a ter um
significado especial para o mecânico Raimundo Rafael Souza, 15 anos
atrás. “Eu nem falava não, eu era quase mudo. Não falava de jeito
nenhum”, lembra.
Foi quando ele fez uma cirurgia para corrigir o lábio leporino, aquele
problema em que a criança nasce com o lábio partido ao meio. O
procedimento foi feito por médicos voluntários alemães. “Coração grande
do pessoal da Alemanha”, diz Raimundo.
Os alemães já construíram até uma clínica em Coroatá, cidade com 63 mil habitantes, no leste do Maranhão.
Uma vez por ano, 14 médicos da Alemanha vão ao município para operar
crianças de graça durante 15 dias. “Aqui, a gente não tem cirurgião
pediátrico. Então, quem faz as cirurgias pediátricas são os
cirurgiões-gerais. Quando a criança é muito pequena, eles acabam não
fazendo. Então, a criança precisa se dirigir até São Luís para conseguir fazer a cirurgia”, diz a pediatra Tatiana Oliveira Rodrigues.
Desde o ano passado, o time de voluntários ganhou um reforço
importante: Özil, um dos craques da seleção alemã. No ano passado, mais
de 100 crianças foram operadas pelos médicos da Alemanha. E ainda
durante a Copa do Mundo, o jogador fez uma doação em dinheiro para
ajudar o projeto. Agora, ele mostrou mais uma vez que também bate um
bolão fora dos gramados. A Copa acabou, mas os alemães seguem fazendo
gols importantes em Coroatá.
A doação de Özil vai ajudar diretamente a fazer as cirurgias de 11
crianças, que ainda vão ser selecionadas pela Igreja Católica, que
coordena o projeto na cidade.
A iniciativa do meio-campista ganhou destaque no site da Federação Alemã de Futebol. Ele disse que mesmo um ano depois de ganhar a Copa do Mundo, quer continuar a deixar uma marca positiva no Brasil.
A doação pode ajudar outras crianças, como a Nicole, de 10 anos. Ela
escuta graças aos médicos voluntários. “Eu não ouvia direito. Agora tô”,
conta a menina.
Alexandre, de 1 ano e 3 meses, também ganhou mais qualidade de vida.
“Não teve muito mais dificuldade para se alimentar, porque era mais
difícil pra ele ficar se alimentando por causa da boquinha dele”, diz a
lavradora Franciana Oliveira de Souza.
Não é por acaso que, com ou sem a bola no pé, os alemães estão ganhando cada vez mais admiradores no Brasil.
Fonte: Jornal Nacional Tv/Globo
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