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O governador Flávio Dino (PCdoB) pretende dobrar o orçamento do seu
braço direito no Governo do Estado, o secretário de Estado de Assuntos
Políticos e Federativos, Márcio Jerry (PCdoB), no exercício financeiro
de 2016.
Dados do projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) 2016, a
que O Estado teve acesso na semana passada, apontam que a proposta é
garantir à Seap, de Jerry, receitas da ordem de R$ 6,7 milhões no ano
que vem. O número é um pouco mais de duas vezes maior que o de 2015: de
R$ 2,9 milhões.
Homem de confiança do chefe do Executivo, Jerry
assumiu a Secretaria de Assuntos Políticos em 2015 com orçamento já
aprovado pela Assembleia Legislativa, no ano passado.
Segundo o
que fora votado pelos deputados estaduais, o comunista administraria uma
pasta modesta, com orçamento anual de R$ 2.963.204,00. Mas já neste ano
Flávio Dino encontrou uma forma de garantir ao aliado melhores
condições de trabalho.
Em abril, o comunista autorizou à Seap
crédito suplementar de R$ 2 milhões; três meses depois, em julho, mais
R$ 1,2 milhão, o que acabou elevando o orçamento da pasta, já em 2015, a
mais de R$ 6 milhões.
Pessoal
Sem projetos definidos a desenvolver, a Seap usa o orçamento de que dispõe basicamente para pagamento de pessoal.
No
início do ano, assim como o orçamento, a estrutura funcional da pasta
era modesta. Mas houve um inchaço, a partir do remanejamento de cargos
da Casa Civil para a secretaria comandada por Márcio Jerry.
De
acordo com o decreto nº 30.644, do mesmo dia 11, a pasta ganhou nada
menos que 131 novos cargos, todos oriundos da Casa Civil.
Números
R$ 6,7 milhões é a previsão orçamentária da Seap para 2016
R$ 2,9 milhões foi o orçamento aprovado para 2015
R$ 3,2 milhões foi o valor da suplementação para a Seap em 2015
Casa Civil tem cortes de R$ 19 milhões
Enquanto
promove o inchaço da Secretaria de Estado de Assuntos Políticos e
Federativos (Seap), o governador Flávio Dino (PCdoB) reforça a tese de
que pretende deixar cada vez menor a Casa Civil.
De acordo com o
projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) enviado à Assembleia Legislativa
há duas semanas, a pasta comandada pelo ex-deputado Marcelo Tavares
(PSB) terá R$ 19 milhões a menos em receitas para o exercício financeiro
de 2016, na comparação com o ano de 2015.
A proposta orçamentária para o ano que vem é de R$ 33,8 milhões, contra R$ 53,5 aprovados para este ano.
Ouvido
por O Estado sobre o tema “enfraquecimento”, em entrevista recente,
Tavares negou esvaziamento no governo. “Não há crise, não há
esvaziamento, nem enfraquecimento. É tudo combinado”, garantiu.
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