O Palácio do Planalto começa a semana tentando fazer o último movimento para evitar o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A
avaliação é que o desembarque do PMDB, que deve ocorrer na terça-feira,
pode criar um efeito dominó, estimulando outros partidos da base, como
PP, PR, PTB e PSD, a seguir o mesmo caminho.
Para o governo, a gota d’água foi a decisão do PMDB do Rio de Janeiro de sair da base de sustentação do governo.
A
contabilidade realista feita pela coordenação política do governo
acendeu o alerta: o Planalto hoje conta com cerca de 130 votos seguros
para barrar o impeachment – número muito distante do mínimo de 171 votos
necessários na Câmara dos Deputados.
Neste momento, são votos
certos contra o impedimento os de PT, PC do B e PDT. Há ainda votos
isolados em alguns partidos da base. Embora de oposição, o PSOL, partido
de esquerda, também deve ficar contra o impeachment.
Portanto, a ordem é partir para negociações individuais, com a redistribuição de cargos para os deputados.
O
governo já reconhece que será muito difícil sobreviver. Mas a avaliação
é de que é preciso tentar barrar de todo jeito o impeachment na Câmara.
Caso
contrário, o ambiente político ficará ainda mais difícil para o
governo, contaminando de forma definitiva o Senado. Até então, o
Planalto apostava que os senadores poderiam impedir o impeachment. Mas
agora, essa estratégia é considerada de alto risco.
Fonte: blog do Luis Pablo
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