"Cheguei a chorar", confessa Bárbara

"Cheguei a chorar": confessa Bárbara

"Cheguei a chorar": Bárbara supera racismo e vira símbolo pelo bronze.

Camisa 1, destaque por defesas de pênaltis, diz que não é hora de pensar as razões da perda do ouro: "A gente não vai deixar de batalhar". Seleção pega Canadá.

O desafio continua. Não acabou diante da Suécia. Nesta sexta-feira, a seleção brasileira feminina enfrenta o Canadá na briga por mais uma medalha olímpica, às 13h (de Brasília), na Arena Corinthians.

Logo depois da partida pelas quartas, um comentário racista de um integrante do Conselho Federal de Administração (CFA) em um perfil no Facebook a fez chorar. Respirou fundo e decretou: ninguém atrapalharia seus sonhos. Assim, passou por cima e deu seu melhor.
"É muito triste. Qualquer pessoa que passe por uma situação dessas é realmente triste. Eu cheguei a chorar. Conversei com minha mãe, conversei com meus familiares. Mas eu tinha um objetivo maior. Meu objetivo maior era a Olimpíada, a medalha de ouro. Eu jamais iria deixar que nada e nem ninguém atrapalhasse meu trabalho e nem a minha concentração porque eu estava vivendo um momento único. Talvez daqui quatro anos eu não esteja mais aqui, não esteja mais como titular. O momento que estou vivendo é meu. Não seria uma pessoa dessas que iria atrapalhar. Não sei nem como lidar, chamar uma pessoa assim. Não sei nem se é ser humano uma pessoa dessas. Não digo animal porque você termina até discriminando os animais. Porque adoro animais e teria até um zoológico. Trato como se fossem humanos", lamentou a goleira Barbara em entrevista.
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