Uma entidade judaica lançou uma campanha mundial para convocar os
judeus para reconstruírem o Templo de Salomão, no monte em Jerusalém
onde hoje existe a mesquita Al-Aqsa, uma das mais importantes do
islamismo.
O segundo Templo judaico erguido no local foi destruído há quase dois
mil anos, durante a ocupação romana. Para os judeus, os dois milênios
sem o templo que foi construído de acordo com ordens específicas de Deus
são um tempo de lamentação, e até os casamentos judaicos fazem menção a
esse fato, quando na cerimônia o noivo quebra com o pé uma taca envolta
em um pano, lembrando a destruição da edificação.
A construção do terceiro é associada, no cristianismo, às revelações
do Apocalipse e segundo muitos teólogos, representaria a aproximação com
o início da Grande Tribulação e o surgimento do anticristo.
O responsável pelos planos de reconstrução é o Instituto do Templo, que vem, ao longo dos anos, arrecadando valores
para financiar a obra, além de refazer todos os objetos ritualísticos,
como por exemplo, a menorá de ouro, o incensário e o novo véu, feito
para ser posto na entrada do santo dos santos. Somente a menorá consumiu
90 quilos de ouro e custou R$ 3,2 milhões.
Na nova campanha de convocação a todos os judeus do mundo, o
Instituto do Templo aproveitou a proximidade da celebração do Tisha
B’Av, que lembra a destruição do segundo templo pelos romanos, no ano 70
d. C.
“O nosso objetivo é de despertar a consciência do povo judeu e de
toda a humanidade para o papel central que o santo Templo representa
para a vida da humanidade”, disse Chaim Richman, rabino cofundador do
Instituto sediado em Jerusalém.
Contexto
A reconstrução do Templo de Salomão no monte em Jerusalém pode desencadear uma verdadeira guerra, afinal, atualmente o espaço é ocupado pelos muçulmanos e controlado pelo exército da Jordânia.
Alheios a isso, os judeus ortodoxos do Instituto querem reerguer o
principal símbolo de sua religião, e acreditam, inclusive, que com a
demolição da mesquita Al-Aqsa podem encontrar a Arca da Aliança em
túneis que existiam sob o primeiro Templo e que hoje estão soterrados.
O primeiro-ministro de Israel afirmou, em dezembro de 2015, que o
país poderia facilmente demolir a mesquita, mas não queria fazer isso
com confronto. No entanto, posteriormente o ministro da Habitação, Uri
Ariel, voltou ao assunto e disse que um templo judaico seria construído
no local.
O Instituto intensificou seus preparativos após o nascimento de uma novilha vermelha,
fato que não ocorria em Israel desde o ano em que o segundo templo foi
destruído. As cinzas desse animal são necessárias para um ritual de
purificação dos sacerdotes.
“Na verdade, o destino de todo o mundo depende da novilha vermelha,
pois suas cinzas são o único ingrediente que falta para o
restabelecimento da pureza, e portanto a reconstrução do Templo
Sagrado”, disse um membro do Instituto do Templo. O animal representa,
ainda, no contexto atual, a chegada do Messias para os judeus.
Aparentemente, todo o projeto para a reconstrução do templo está pronto. Uma maquete virtual
foi apresentada tempos atrás, com detalhes. Chaim lembrou que “um terço
de todos os mandamentos da Torá dizem respeito à construção do serviço
no Templo Sagrado”, explicando a importância da edificação para a
religião. Ele também lamentou que, por conta da inexistência do templo,
os ritos judaicos estão incompletos: “Hoje, não apenas lamentamos a
destruição dos dois Templos Sagrados, mas também nossa incapacidade de
cumprir um terço da Torá”.
Hoje, no local, resta apenas uma parte do muro que guardava os
templos destruídos, e o local é o famoso Muro das Lamentações, onde
judeus vão fazer suas orações, e turistas, suas fotos.
Desde 1967 os judeus são proibidos de fazer orações no local. Na
época, após a Guerra dos Seis Dias, Israel retomou o controle de
Jerusalém, mas teve que concordar com a entrega do controle do Monte à
Jordânia, para impedir que a mesquita fosse destruída. Recentemente, em
prevenção a conflitos religiosos, Israel proibiu que homens muçulmanos
com idades entre 16 e 60 anos acessassem o local.
Uma linha interpretativa da escatologia cristã vê a reconstrução do templo em Jerusalém como a condição determinante para o surgimento do anticristo, conforme a interpretação da profecia do capítulo 9 de Daniel.
Outra corrente entende que a reconstrução só acontecerá após o arrebatamento da Igreja, durante a Grande Tribulação, enquanto uma terceira acredita que o templo só será reconstruído durante o reino milenar de Cristo na Terra.
Fonte: Gospel+
O Apocalipse
A construção do Terceiro Templo é descrita no Apocalipse como um dos eventos que caracterizarão o reinado do anticristo, já na Grande Tribulação.Uma linha interpretativa da escatologia cristã vê a reconstrução do templo em Jerusalém como a condição determinante para o surgimento do anticristo, conforme a interpretação da profecia do capítulo 9 de Daniel.
Outra corrente entende que a reconstrução só acontecerá após o arrebatamento da Igreja, durante a Grande Tribulação, enquanto uma terceira acredita que o templo só será reconstruído durante o reino milenar de Cristo na Terra.
Fonte: Gospel+
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