“Estou cansada de perder”, diz Iziane chorando após eliminação do Brasil e dá adeus a seleção

Iziane, atleta Seleção Brasileira

Referência de sua geração na seleção feminina de basquete, a ala Iziane, de 34 anos, teve uma atuação apagada na derrota por 74 a 64 contra a França, nesta quinta-feira, e não impediu a terceira eliminação consecutiva do país nos Jogos Olímpicos. Ela deixou a quadra chorando e confirmou que a Olimpíada é seu último compromisso pelo Brasil, mas quer uma vitória contra a Turquia, no sábado, para se despedir “de cabeça erguida”. 

“Estou cansada de perder, gente”, disse a maranhense com os lábios roxos e lágrimas nos olhos. “É assim que estou me sentindo.” 

Iziane comentou a queda de rendimento do Brasil durante as partidas, uma das principais causas da eliminação prematura. Nesta Olimpíada, o time comandado por Antônio Carlos Barbosa sofreu com a falta de peças de reposição e deixou escapar as vantagens que construiu nos dois primeiros quartos. Responsável por apenas 6 dos 64 pontos da seleção contra a França, a ala reconheceu a falha coletiva e o desempenho abaixo do esperado do grupo. O duelo contra a Turquia será o último de Iziane, 34 anos, que agora tentará seguir carreira na política. Em outubro, ela será candidata a vereadora pelo PSL em São Luís, no Maranhão, sua cidade. “Estou me despedindo e eu tenho toda uma história, além de estar fazendo minha última Olimpíada, em casa”, disse a jogadora, que também disputou os Jogos de Atenas-2004, mas ficou fora dos dois seguintes. “Hoje não caiu c… nenhum!”, desabafou ela ao final do jogo contra a França, no qual ela errou quase todas as suas tentativas no último quarto. 

O Brasil perdeu os quatro jogos disputados até agora na Olimpíada, contra França, Austrália, Japão e Belarus. Diante das bielorrussas, Iziane e suas companheiras desperdiçaram uma vantagem de 18 pontos e levaram a virada.  A aposentadoria de Iziane e a eliminação nos Jogos Olímpicos abrem espaço para uma reformulação no basquete feminino. Segunda maior pontuadora do time brasileiro contra as francesas – anotou 16 pontos, cinco a menos do que Damiris -, Clarissa confirmou que a renovação no grupo é vital para que o Brasil volte a vencer. “O ciclo terminou. O Brasil precisa voltar a ser a potência que é”, disse. “A geração do Brasil é boa. Merece carinho e atenção para continuar sendo lapidada”, pediu.
Fonte: UOL
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