Foi decidido nesta quarta-feira, 17/08 como será a sessão de julgamento da presidenta afastada Dilma Rousseff; confira

Fachada Supremo Tribunal Federal/Foto: internet

A sessão vai começar na próxima quinta-feira,  25/08, sem previsão de término. E o depoimento da presidente afastada está marcado para segunda-feira, 29/08.

Depois de uma reunião de mais de duas horas, os presidentes do Supremo Tribunal Federal  (STF), Ricardo Lewandowski; e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acompanhados de líderes partidários, definiram nesta quarta-feira, 17/08 como será a sessão de julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff no processo de impeachment.

Pelo rito definido, não há uma previsão de término do julgamento. A data de início já havia sido informada por Lewandowski, que presidirá o julgamento: quinta-feira, 25 de agosto.

As regras do julgamento
 
> Na quinta-feira, 25/08, questionamentos ao andamento do processo (questões de ordem) deverão ser formulados em cinco minutos. Haverá o mesmo tempo para manifestações contrárias à questão de ordem antes da resposta de Lewandowski, sem recurso ao plenário do Senado:

> Depois das questões de ordem, serão ouvidas, a partir de quinta-feira, as testemunhas. Os depoimentos delas serão tomados individualmente. Senadores farão perguntas diretamente às testemunhas. Serão três minutos para perguntas e três para respostas, com direito a réplica e tréplica em igual tempo, somando seis minutos para cada.

> Acusação e defesa têm direito a seis minutos cada para fazer perguntas às testemunhas, que também devem responder em seis minutos, com direito a réplica e tréplica por quatro minutos.
 
> Os depoimentos das testemunhas devem acabar na sexta-feira, 26/08, mas podem se estender pela madrugada de sábado, 27/08.

> Dilma terá 30 minutos para fazer uma exposição inicial antes de ser interrogada.

> Presidente do STF, senadores, acusação e defesa terão cinco minutos cada para fazer perguntas a Dilma. Não há limite de tempo para resposta da presidente afastada. Ela terá o direito de, se quiser, permanecer calada.

> Depois da participação de Dilma, acusação e defesa terão uma hora e meia para debater o processo. Serão permitidas ainda réplica e tréplica de uma hora. Se a acusação não utilizar a réplica, não haverá tempo para a tréplica da defesa.

> Depois disso, senadores inscritos também poderão se manifestar sobre o processo. Cada um terá dez minutos. A lista de inscrição só poderá ser preenchida antes da discussão.

> Encerrada a discussão entre senadores, Lewandowski lerá um resumo do processo com as fundamentações da acusação e da defesa.

> Dois senadores favoráveis ao impeachment de Dilma e dois contrários terão cinco minutos cada para encaminhamento de votação.

> Após o encaminhamento, Lewandowski perguntará aos senadores o seguinte: “Cometeu a acusada, a senhora presidente da República, Dilma Vanna Roussef, os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto a instituição financeira controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional, que lhes são imputados e deve ser condenada à perda do seu cargo, ficando, em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo oito anos?”

> A votação será nominal, via painel eletrônico. Depois o resultado será proclamado.

> Se pelo menos 54 senadores votarem a favor do impeachment, Dilma será definitivamente afastada e ficará inelegível por oito anos a partir do fim de 2018, quando se encerraria o seu mandato.

>Se o placar de 54 votos favoráveis ao impedimento não for atingido, o processo será arquivado e Dilma reassumirá a Presidência da República.
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