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| Foto: TV/Senado | 
Senado aprova impeachment e Dilma é afastada definitivamente da Presidência.
Por 61 a 20, o plenário do Senado acaba de decidir pelo impeachment de Dilma Rousseff. Não houve abstenção. A posse de Temer ocorrerá às 16h no Senado.
O
 resultado foi comemorado com aplausos por aliados do presidente 
interino Michel Temer, que cantaram o Hino Nacional. O resultado foi 
proclamado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo 
Lewandowski, que comandou o julgamento do processo no Senado, iniciado 
na última quinta-feira (25).  
Agora, os senadores irão decidir se Dilma perde os direitos políticos por oito anos.
Fernando
 Collor, primeiro presidente eleito por voto direto após a ditadura 
militar, foi o primeiro chefe de governo brasileiro afastado do poder em
 um processo de impeachment, em 1992. Com Dilma Rousseff, é a segunda vez que um presidente perde o mandato no mesmo tipo de processo.
Dilma
 fará uma declaração à imprensa. Senadores aliados da petista estão se 
dirigindo ao Palácio da Alvorada para acompanhar o pronunciamento de 
Dilma.
Julgamento
A fase final de 
julgamento começou na última quinta-feira (25) e se arrastou até hoje 
com a manifestação da própria representada, além da fala de senadores, 
testemunhas e dos advogados das duas partes. Nesse último dia, o 
ministro Ricardo Lewandowski leu um relatório resumido elencando provas e
 os principais argumentos apresentados ao longo do processo pela 
acusação e defesa. Quatro senadores escolhidos por cada um dos lados – 
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pela 
defesa, e Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Ana Amélia (PP-RS), pela acusação – 
encaminharam a votação que ocorreu de forma nominal, em painel 
eletrônico.
Histórico
O processo de 
impeachment começou a tramitar no início de dezembro de 2015, quando o 
então presidente da Câmara dos Deputados e um dos maiores adversários 
políticos de Dilma, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou a peça apresentada 
pelos advogados Miguel Reale Jr., Janaína Paschoal e Hélio Bicudo.
No
 pedido, os três autores acusaram Dilma de ter cometido crime de 
responsabilidade fiscal e elencaram fatos de anos anteriores, mas o 
processo teve andamento apenas com as denúncias relativas a 2015. Na 
Câmara, a admissibilidade do processo foi aprovada em abril e enviado ao
 Senado, onde foi analisada por uma comissão especia, onde foi aprovado 
relatório do senador Antonio Anastasia (PMDB-MG) a favor do afastamento 
definitivo da presidenta.
Entre as acusações as quais Dilma foi 
julgada estavam a edição de três decretos de crédito suplementares sem a
 autorização do Legislativo e em desacordo com a meta fiscal que 
vigorava na época, e as operações que ficaram conhecidas como pedaladas 
fiscais, que tratavam-se de atrasos no repasse de recursos do Tesouro 
aos bancos públicos responsáveis pelo pagamento de benefícios sociais, 
como o Plano Safra.
Com edição  do blog

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