ENSINO SUPERIOR – Codoenses continuam escapando da morte para se formar em Caxias

O acidente ocorrido na noite de 10 de novembro de 2016 na BR-316, próximo ao posto Cristal, envolvendo alunos da cidade de Pedreiras onde a van que os levava de volta à cidade, após aulas em faculdades de Caxias (FAI e FACEMA),  bateu em um caminhão e deixou 9 feridos, inclusive com fraturas, nos remete à um antigo problema de Codó – EDUCAÇÃO SUPERIOR.
Até quando escaparemos?Até quando escaparemos?

A educação básica tem nota 4 no IDEB, pior referência que essa acho que não consigo mais achar, no entanto, senhores(as), se formos olhar para o Ensino Superior calamidade maior nos assola. Esta mesmo é que está nas mãos do cão.

O diabo dos políticos fecharam os olhos de vez para este setor abandonando intelectualmente uma população que já é, segundo o IBGE, flagelada pela pobreza material (71,54% é o percentual de incidência da pobreza na população codoense segundo o mapa da pobreza  e desigualdade dos municípios).

Enquanto Caxias abocanha aqueles codoenses que possuem um poder aquisitivo maior ou se beneficia de programas federais como o Fies, Codó segue estagnada no tempo com raras exceções como a FALMA do bravo professor Vando (a quem rendo todas as homenagens possíveis pela iniciativa solitária de botar no bolso 120 anos de descaso para com o ensino superior, particular, nesta cidade).

No mais, nada tenho a parabenizar – talvez nossas Universidades (UEMA e UFMA) pela relutância em coexistir entre nós,  embora sempre recebendo  reclamação de quem almeja ensino público nesta área. Faltam cursos mais atrativos para a juventude, é o que dizem.

ENSINO DA MORTE
O resumo da ópera se dá numa cantiga sem melodia tocada todas as noites na BR da morte (BR-316) no vai e vem de mais de uma dezena de ônibus que corta esta rodovia o ano inteiro.

Escapar de acidentes como o ocorrido na semana passada com os pedreirenses é como jogar na MEGA SENA todo dia e ganhar.

Eu mesmo fui sorteado nesta roleta russa durante 5 anos, mas quantos de nós terá a mesma sorte e até quando?

São perguntas que todos aqueles que podem fazer algo para mudar a realidade do ensino superior em Codó devem se fazer antes de dormir.

Até lá espero não ter que noticiar a morte de qualquer de meus conterrâneos entregues ao acaso, buscando apenas uma forma de ascender na malvada cadeia social de uma cidade esquecida no tempo e no espaço.
Fonte: blog do Acélio Trindade
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