Professora Graciete Ramos chora arrependida de ter pedido fora Dilma e batido panela

À esquerda, professora Graciete Ramos; à direita, o golpista Michel Temer debochando da cara dos professores que lhe apoiaram no golpe contra a presidente caçada Dilma
Professora se arrepende de ter batido panelas: ‘Eu não aguentaria ficar até aos 65 anos numa sala de aula’, desabafou.

A professora estadual Graciete Ramos, de Curitiba, diz estar muito decepcionada com o presidente Michel Temer (PMDB). “Ele se envolveu com corruptos e só anuncia medidas contra a educação, até nossa aposentadoria especial fala em acabar. Não é esse tipo de atitude que eu esperava dele”, desabafa em tom de choro. 

Graciete declarou que apoiou desde as primeiras horas o afastamento da presidenta Dilma Rousseff (PT) e que comemorou bastante com alguns amigos a ascensão de Temer ao Palácio do Planalto. “Será que eu errei? Por que o Moro não faz nada?”, pergunta. 

A professora, de apenas trinta anos, tem esperanças de que o governo federal não vá mexer na aposentadoria especial da educação. “Eu não aguentaria ficar até aos 65 anos numa sala de aula”, desabafa novamente. 

Nossa colega Graciete terá que ficar esperta. Um dos principais pontos da reforma da previdência proposta por Temer é justamente o fim da aposentadoria especial dos professores. Como ela é ainda muito jovem, será enquadrada nas novas regras e se aposentará bem depois do que imagina. 

“Não adianta chorar. Você tem é que ir às ruas novamente. Agora, contra esse governo golpista que você mesma admite que lhe decepcionou e pedir que Lula volte em 2018”, opina Paula Azevedo, também professora, amiga de Graciete e contrária ao golpe que derrubou a presidenta Dilma. 

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