Imagem: Reprodução (TV/Mirante) |
O governador
Flávio Dino (PCdoB) foi citado em delações de executivos e
ex-executivos da Odebrecht e, por isso, foi incluído na lista de pedidos
de abertura de inquérito enviada pela Procuradoria-Geral da República
(PGR) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin,
relator da operação ‘Lava Jato’.
O ministro Edson Fachin encaminhou o pedido ao Superior Tribunal da
Justiça (STJ). Segundo o delator José de Carvalho Filho, ex-funcionário
da Odebrecht, em 2010, quando era deputado federal, Flávio Dino pediu R$
400 mil para defender na Câmara dos Deputados um projeto de lei que
beneficiaria a construtora.
O projeto atribuiria segurança jurídica a investimentos do grupo
Odebrecht. Num dos encontros, o então deputado também pediu ajuda para a
sua campanha eleitoral ao Governo do Estado do Maranhão.
O então deputado federal, Flávio Dino, recebeu o total de R$ 400 mil,
pagamento efetuado pela Odebrecht para a sua campanha ao Governo do
Estado do Maranhão. A senha para receber o repasse foi entregue para o
próprio parlamentar. A operação foi realizada pelo setor de operações
estruturadas e registrada no sistema "Drousys".
"Trata-se de petição instaurada com lastro no termo de depoimento do
colaborador José de Carvalho Filho (Termo de Depoimento n. 2), o qual
relata que, no ano de 2010, participou de reuniões com o então Deputado
Federal Flávio Dino, tratando de questões acerca do Projeto de Lei
2.279/2007, o qual atribuiria segurança jurídica a investimentos do
Grupo Odebrecht"
"Num desses encontros, teria lhe sido solicitada ajuda para campanha eleitoral ao governo do Estado do Maranhão, pagamento efetuado no total de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais). A senha para receber o repasse teria sido entregue à época ao próprio parlamentar, sendo a operação realizada pelo Setor de Operações Estruturadas e registrada no sistema “Drousys”."
O governador do Maranhão se defendeu nas redes sociais. Ele disse ser inocente e que jamais atendeu a qualquer interesse da Odebrecht.
“O justo propósito de investigar crimes muitas vezes atinge
injustamente pessoas inocentes. É o meu caso. Tenho consciência
absolutamente tranquila de jamais ter atendido qualquer interesse da
Odebrecht, nos cargos que exerci nos 3 Poderes. Se um dia houver de fato
investigação sobre meu nome, vão encontrar o de sempre: uma vida limpa e
honrada. Tenho absoluta certeza de que a verdade vai prevalecer,
separando-se o joio do trigo. Inevitável a indignação por ser citado de
modo injusto sobre atos que jamais pratiquei. Mas infelizmente faz parte
da atual conjuntura”, afirmou.
Mesmo antes do anúncio da abertura do inquérito e do teor das denúncias
feitas pelos delatores da Odebrecht, o governador solicitou à Câmara dos
Deputados um documento, datado de 17 de março de 2017 para atestar que
como deputado federal não emitiu parecer ou manifestação em projeto de
lei que beneficiaria a empreiteira.
Fonte: G1/Maranhão
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