22 de outubro Dia do Desapontamento dos pioneiros Adventista do Sétimo Dia


Imagem / Foto: Reprodução IASD

Hoje 22 de outubro de 2017 faz 173 anos do Dia do Desapontamento onde os Adventista sem entender a profecia por completo pensavam que seria a volta de Jesus.

Este ano completa 173 anos que houve o grande desapontamento lá nos EUA.  Foi no dia 22 de Outubro de 1844, quando os ponteiros do relógio se aproximaram das 24 horas, corações ansiosos aceleraram. “Deve ser à meia-noite. Só pode ser!”.  Durante 14 anos Guilherme Miller pregou ardorosamente a mensagem da 2º volta de Jesus.

Aproximadamente 50 mil pessoas em todos os Estados Unidos, que na época tinha uma população de 17 milhões de habitantes  achavam que a volta de Jesus seria em 22 de Outubro daquele ano.  O dia tão esperado havia chegado. Não havia dúvidas. As últimas horas haviam sido gastas em fervorosa oração e reestudo da Bíblia, para confirmação das datas anunciadas na profecia. O dia era este, sem dúvida. O dia tão esperado; o dia da segunda vinda de Jesus Cristo.

Entre as pessoas que se uniram ao movimento Milerita, estava o pastor congregacionalista Carlos Fitch. Fitch, de trinta anos, também concordava com a mensagem de que Jesus voltaria no dia 22 de Outubro, depois de ter estudado minuciosamente as profecias de Daniel e Apocalipse. Tornou-se, então, importante anunciador do advento e o primeiro pastor do movimento milerita.

Poucos dias antes de 22 de Outubro de 1844, o pastor Fitch batizou três grupos sucessivos de conversos em um rio. A cerimônia, ao ar livre, num dia frio, fez com que o pregador adoecesse, e ele faleceu na segunda-feira, 14 de Outubro, vítima de tuberculose. Faleceu 8 dias antes da pretendida volta de Cristo.

“Mamãe, nós veremos papai novamente?”  Perguntam os dois filhos do pastor, em meio às lágrimas, após o funeral.

“Sim, queridos.” Responde corajosamente a Sra. Fitch.  “Em poucos dias, quando Jesus voltar, Ele despertará papai e seus irmãos adormecidos também, e então seremos uma família completa e feliz outra vez, para sempre”.  Os dias transcorreram cheios de expectativa, e na noite de segunda-feira, 21 de Outubro, as crianças tornam a perguntar:

“Mamãe, amanhã vamos nos encontrar com papai”

“Sim, queridos.” Diz ela olhando esperançosamente para o céu.

Havia muitas famílias como essa naqueles dias. Gente esperando rever os filhos que tinham morrido de tuberculose, cólera, tosse comprida e outras doenças fatais. Milhares antecipando a alegre reunião quando Jesus viesse novamente.

Mas a manhã do dia 22 passou. À tarde, também.

Na pequena vila de Washington, no Estado de New Hampshire, havia uma igrejinha branca. Pertencia à Sociedade Cristã, cujos membros aceitaram a pregação de Guilherme Miller e outros homens sobre a volta de Cristo.

Em Low Hampton, no Estado de Nova Iorque, Miller, sua família e muitos amigos, reuniram-se numa formação rochosa, nos fundos de casa, para esperar Jesus. O Sol já se havia escondido. A noite havia chegado

“Deve ser à meia-noite. Só pode ser!” Faltam apenas alguns minutos para as 24 horas. Segundos, agora!  Ao soarem as doze badaladas no relógio da cozinha, todos os olhares se voltaram para o céu, aguardando o “sinal do Filho do homem”.  E nada de Jesus aparecer! Não é possível! O que aconteceu? Lágrimas começaram a rolar pela face de milhares de pessoas. Vinte e dois de Outubro havia terminado. Jesus não apareceu.

Da varanda de sua casa a Sra. Fitch ainda olhou para o céu. A lua iluminou-lhe os olhos cheios d’água. Quase não notou uma pequena mão tocar a sua:

“Mamãe, por que papai não veio?”

“O Sol ergueu-se no oriente, “como um noivo que sai de seus aposentos”. Mas o Noivo não apareceu. Permaneceu no meridiano, quente e comunicador de vida, ‘trazendo salvação nas suas asas’. Mas o Sol da Justiça não apareceu. Escondeu-se no ocidente, flamejante, cruel, “terrível como um exército com bandeiras”. Aquele que Se assenta sobre o cavalo branco não retornou como o Líder das hostes celestiais. As sombras do ocaso estendiam-se serena e friamente por sobre a terra. As horas da noite passavam vagarosamente. Em desconsolados lares de Milerita, os relógios assinalaram doze horas da meia-noite. Vinte e dois de Outubro havia terminado. Jesus não viera. Ele não voltara!” – História do Adventismo, pág. 34.

Continuemos aguardando a volta de Cristo, pois Ele em breve voltará.


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