Os 163 médicos estrangeiros do segundo ciclo do programa federal Mais Médicos, que vão atender a população em 69 municípios maranhenses, estão participando do acolhimento promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). O seminário teve início nesta quarta-feira (30), no Hotel Praia Mar, e prossegue até sexta-feira (1). Prefeitos e secretários de saúde também participam do encontro e acompanharão os profissionais até os municípios de atuação.
A chefe do departamento de Saúde da Família e coordenadora da Comissão do Programa Mais Médicos no Maranhão, Silvia Amorim explicou que o acolhimento vai proporcionar aos profissionais intercambistas um conhecimento sobre as particularidades do estado, seus determinantes sociais de saúde e seus aspectos culturais. "Contamos com vocês para melhorar a qualidade dos serviços que prestamos aos nossos usuários", disse.
Ela enfatizou que eles serão muito importantes para o estado. "Ainda convivemos com muitos problemas de saúde, tais como mortalidade infantil, mortalidade materna, desnutrição, malária, dengue, hanseníase, tuberculose, entre outros. Com certeza o trabalho de vocês será amplamente compensado pela acolhida calorosa das comunidades das quais vocês vieram cuidar", completou.
A presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), Iolete Arruda, disse que os médicos estrangeiros chegam para fortalecer a saúde no estado. "A população é carente de médicos e tenho certeza que vocês vão contribuir para melhorar os indicadores de saúde. Conhecemos o trabalho de medicina preventiva desenvolvida pelos cubanos e temos a certeza que dará certo também no Maranhão", comentou.
Nestes três dias de encontro, os estrangeiros vão conhecer o organograma e funcionamento da SES, aspectos e caracterização do processo de regionalização do estado; funções do Cosems, do Conselho Estadual de Saúde (CES) e da Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Também receberão informações sobre a assistência farmacêutica e ações para promoção do acesso aos medicamentos e uso racional - diretrizes do programa e ações de política.
Os médicos são, em sua maioria, de Cuba. Tomaz Quintana Diaz, 44 anos de idade e 20 de formado, é um deles. Especialista em medicina geral e integral, ele trabalhou nove anos em Cuba, seis na Venezuela, três em Cabo Verde (África) e dois na Guatemala, e vai atuar em Imperatriz. "Sempre trabalhei com pessoas que não tinham assistência médica e espero poder contribuir para melhorar os indicadores de saúde do Maranhão", disse ele. Rosalia Lopez, também cubana, trabalhou 21 anos em Cuba e quatro na Venezuela. "A minha expectativa é melhorar a promoção e prevenção da saúde do povo maranhense", declarou.
Secretário-adjunto de saúde de Arame, José Eudes Oliveira disse que está muito feliz com a chegada dos médicos. No primeiro ciclo, foram encaminhados um médico para a área indígena e dois outros para a área não indígena de Arame. Eles estão aguardando o recebimento do registro provisório do exercício da profissão para começar a trabalhar. "A expectativa da população é muito grande. Eles ganharam a confiança das comunidades e tenho certeza que, com a chegada destes dois novos médicos, vamos melhorar muito a qualidade de vida do nosso povo", afirmou.
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