Pistoleiro e piloto acusados da morte de Décio cumprirão penas de 25 e 18 anos em Pedrinhas



E terminou na madrugada desta quarta-feira (5) o julgamento de Jhonathan de Sousa Silva e Marcos Bruno Silva, acusados pela morte do jornalista e blogueiro Décio Sá.
 
A sentença foi dada pelo juiz Osmar Gomes, que condenou Jhonathan, o executor dos disparos, a 25 anos e 3 meses de reclusão em regime fechado, e Marcos Bruno, o piloto que deu a fuga ao pistoleiro, foi condenado a 18 anos e 3 meses. Os dois cumprirão pena no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
 
A maioria entre os setes jurados culpou a dupla pelo crime de homicídio e formação de quadrilha.
 
Foram dois dias de julgamento no Fórum Desembargador Sarney Costa, onde o réu confesso da morte de Décio, Jhonathan de Sousa, fez relatos contraditórios.
 
“Eu menti, quando acusei o Júnior Bolinha, porque fiquei com muita raiva dele, pois imaginei que, como Neguinho não pagou o que me prometeu [R$ 100 mil pela morte de Décio Sá], poderia ter sido ele o verdadeiro contratante. Eu só queria encontrar um culpado para tudo, e como sempre o via andando com Neguinho, quis me vingar nele”, adiantou o pistoleiro paraense, que continuou isentando o segundo réu de participação na morte do jornalista. “Foi Neguinho quem pilotou a moto para que eu fizesse o serviço e depois fugisse”, afirmou o assassino confesso da morte do blogueiro.
 
Durante a última instrução a que foi submetido, Jhonatan Silva, de 25 anos, também reafirmou detalhes de como teria praticado o crime, na noite do dia 23 de abril de 2012, no Bar Estrela do Mar, na Avenida Litorânea, em São Luís. Ele disse estar profundamente arrependido de ter tirado a vida do jornalista por dinheiro, mas caiu em contradição, ao ser “encurralado” nos questionamentos do promotor de Justiça, Rodolfo Soares dos Reis, representando a 1ª Promotoria do Tribunal do Júri, ao ser indagado sobre o porquê de ter protegido Neguinho Barrão, mesmo depois de ele ter lhe aplicado um calote.
 
Como já havia sido previsto pelo juiz que presidiu os trabalhos, Osmar Gomes, a sentença foi lida durante a madrugada. Após estipulada a pena aos dois acusados, os promotores que atuaram no caso prestaram esclarecimentos à imprensa. Em seguida, o juiz Osmar Gomes respondeu à uma coletiva ainda no Fórum.
 
“Esse tempo servirá para vocês [Jhonathan Silva e Marcos Bruno], que são jovens, reflitam que a vida é muito boa para que a gente possa viver com dignidade”, disse Osmar Gomes após a leitura da sentença dos réus.
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