O pré-candidato dos comunistas ao governo estadual, Flávio Dino (PCdoB) foi flagrado no fim de semana em ato de campanha eleitoral antecipada na cidade de Timon, no leste maranhense.
Durante evento realizado no Centro da Juventude, sede de uma Organização Não Governamental que recebe recursos públicos, o comunista reuniu a militância de alguns dos partidos de oposição no que deveria ser um ato político partidário fechado, mas excedeu-se ao pedir votos abertamente no momento em que o encontro era transmitido ao vivo por um canal no YouTube.
Em seu discurso, Dino pediu voto não apenas para si, mas também para o vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB), e para "nossos deputados federais e estaduais". Pela legislação eleitoral, as candidaturas só são efetivadas após as convenções partidárias.
"Votem em Flávio Dino em 2014 para governar o estado. Votem em Roberto Rocha para ser senador. Votem nos nossos deputados federais e estaduais. Mas eu preciso que todos aqueles que votaram em mim na eleição passada - aos quais muito agradeço, abraço fraternalmente cada um - repitam o voto. Mas nós temos que mandar uma mensagem especial para aqueles que na eleição passada votaram no passado", disse.
O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), pré-candidato a deputado federal, também aproveitou o encontro e transmissão ao vivo para fazer campanha antecipada. Pediu votos para Flávio Dino e Roberto Rocha e também para os "candidatos" a vagas na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa.
"Quero continuar a servir o povo do Maranhão. Quero continuar a ter a confiança de vocês. E vamos votar em Flávio Dino, Roberto Rocha e tantos candidatos aqui a deputado federal, estadual todos merecem os votos de vocês", discursou, para uma plateia de aproximadamente mil pessoas.
Redes sociais - A manifestação eleitoral só é permitida nas redes sociais durante o período normal de propaganda. A exceção a essa regra fica por conta do Twitter. Em setembro de 2013, por maioria de votos, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu que manifestações políticas feitas por meio dessa rede não são passíveis de ser denunciadas.
O entendimento seguiu voto do ministro Dias Toffoli, ao relatar um recurso apresentado por um deputado do Rio Grande no Norte.
"Não há que se falar em propaganda eleitoral por meio de Twitter, uma vez que essa rede social não leva ao conhecimento geral e indeterminado as manifestações nela divulgadas", afirmou o relator. O caso de Dino , por outro lado, é considerado crime
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