O voto dos evangélicos está no centro do debate eleitoral

Não teve como evitar.

Por mais que lideranças evangélicas tradicionais – e os próprios políticos – tentassem separar a questão religiosa da política, a fé invadiu mesmo o debate eleitoral no Maranhão.

E as próprias igrejas – sobretudo a Assembleia de Deus, maior do estado – contribuíram para envolver-se nas eleições.

Desde o início da campanha, a AD realizou encontros estaduais em Caxias e em Grajaú, sempre com a presença dos principais candidatos a governador.

E recebeu estes mesmos candidatos em seus templos espalhados pelas principais cidades do Maranhão.
É recente o envolvimento mais intenso das igrejas evangélicas na disputa política.

Começou na década de 90, quando os pastores perceberam na política um filão importante para consolidação do poder eclesial. Trocar votos por fé virou tradição e hoje nenhum candidato arrisca-se a entrar numa disputa eleitoral sem ir atrás das bênçãos dos pastores e bispos.


Mesmo aqueles que nunca tiveram relação alguma com Deus, convertem-se em santos e passam a falar de sua fé como se tivessem “nascido no evangelho” – para usar uma expressão do próprio segmento.

Cheias de poder – não necessariamente o divino – as igrejas já conseguiram eleger vereadores, deputados federais, estaduais e até um vice-governador e um prefeito, embora nenhum deles tenha representado qualquer mudança de patamar político-social dos fiéis que os servem nos templos.

E assim eles seguem nestas eleições, como currais eleitorais sequiosos de benesses do poder.
Prontas a oferecer a quem puder dar mais…
Proxima
« Anterior
Anterior
Proxima »
Obrigado pelo seu comentário