Embora os bancários de
todo o País tenham decidido entrar em greve a partir de terça-feira, 30/09, ainda
resta uma esperança de essa decisão ser revertida. Basta os banqueiros, por
meio de seus representantes na Federação Nacional dos Bancos (Fenaban),
apresentarem, até segunda-feira, uma nova proposta de reajuste salarial maior
que os 6% fixados até agora. Porém, como ninguém no Sindicato dos Bancários
acredita que isso venha a acontecer, todas as medidas estão sendo
providenciadas para a paralisação por tempo indeterminado.
Segundo o presidente do
Sindicato dos Bancários de Santos, Ricardo Saraiva, o Big, a revolta contra o
“descaso” dos banqueiros ficou evidente na assembleia realizada nesta
quarta-feira, quando os funcionários criticaram duramente o tratamento que a
categoria vem recebendo da classe patronal.
Temos certeza que eles
(os banqueiros) não vão apresentar nenhuma proposta até o início da
paralisação. Por isso, na assembleia de segunda-feira vamos definir as ações
que serão adotadas para mostrar que estamos unidos nessa luta”.
Autoatendimento
Para que a população
não seja prejudicada pelo movimento da categoria, Big afirmou que os postos de
autoatendimento poderão ser utilizados normalmente. “Recomendamos também que,
dentro do possível, os clientes antecipem o pagamento de contas. O ideal,
porém, seria que as pessoas não procurassem os bancos durante a greve”.
Além de reajuste
salarial de 10,25%, que resultaria em 5% de aumento acima da inflação, os
bancários pedem, também, maior participação nos lucros e resultados e revisão
do piso salarial para R$ 2,4 mil.
Caixa
e BB
Big informou que, em
meio à decisão pela greve, o Comando Nacional dos Bancários retoma nesta
sexta-feira as negociações com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.
As novas reuniões foram motivadas pelo envio de cartas, nesta quinta-feira, aos
dois bancos, procedimento que também foi feito em relação aos quatro maiores
bancos privados (Itaú, Bradesco, Santander e HSBC).
Segundo o dirigente
sindical, a defasagem salarial é maior nesses dois bancos. “Atinge 50% no Banco
do Brasil e 90% na Caixa Econômica Federal, resultantes das perdas acumuladas
durante o período de governo de Fernando Henrique Cardoso”, disse Big.
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