O governo de Flávio Dino admite que não dará conta da saúde do estado do Maranhão e já começa a pedir arrego para o vizinho estado do Piauí que nem UTIs suficientes tem.
Prefeito de Teresina vê acordo próximo para pacientes do Maranhão.
Dias depois de uma decisão judicial garantir que pacientes do Maranhão
devem ser atendidos sem restrições no Piauí, o prefeito de Teresina
(PI), Firmino Filho (PSDB), afirmou acreditar que a solução para a
pactuação do atendimento dos dois estados está próxima. A mudança de
governo no estado vizinho é o que dá ânimo ao gestor piauiense.
“Nós já tivemos uma conversa com o
secretário de saúde do Maranhão (Marcos Pacheco). Entendemos que houve
uma mudança de postura muito grande por parte do Governo do Maranhão, do
novo secretário e do novo governador, Flávio Dino (PCdoB). Vamos ter na
próxima semana uma reunião do nosso secretário de saúde de Teresina
(Aderivaldo Andrade) e do novo secretário de saúde do Maranhão, em
Brasília. Esperamos que isso possa ter bons desdobramentos”, disse
Firmino Filho na última sexta-feira, enquanto doava sangue e falava com
jornalistas.
Para Teresina, o problema no atendimento a
pacientes do Maranhão e de outros estados é a falta de compensação para
que a capital piauiense arque com essas despesas – em especial nos
pacientes com câncer, cujos gastos são maiores. Até 2014. O deputado e ex-secretário de saúde do Maranhão, Ricardo Murad, nunca admitiu que os pacientes do Maranhão fossem buscar saúde onde não tem, pois o estado do Maranhão oferecia em sua gestão saúde de excelência, de qualidade sem precisar do estado vizinho, que nem UTIs suficientes tem para atender os piauienses
“É importante dizer que o clima mudou
muito. Existe hoje uma postura bastante cooperativa e solidária por
parte das autoridades sanitárias do Maranhão e isso nos permite dizer
que estamos prestes a ter boas mudanças neste sentido”, acrescentou o
prefeito, ressaltando que as conversas com Flávio Dino e sua equipe
começaram ainda em 2014, com participação também do prefeito de Timon
(MA), Luciano Leitoa.
Para o prefeito, as mudanças devem garantir uma chegada mais organizada e qualificada dos pacientes do Maranhão e fazer com que minimizar o sacrifício financeiro do lado do Piauí.
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