A Comissão de Educação do Senado aprovou uma moção de repúdio ao tratamento dado pela Polícia Militar do Paraná à manifestação de Professores.
A greve dos professores do Paraná, que começou no dia 27 de abril, foi motivada pelo projeto do governo estadual que muda a forma de custeio da Previdência Social dos servidores do estado. A paralisação teve seu ponto mais dramático no dia 29, quando a proposta foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Paraná, para em seguida ser sancionada pelo governador Beto Richa. O clima de tensão entre os trabalhadores e a Polícia Militar em frente ao Legislativo estadual culminou em uma repressão violenta, que deixou 170 manifestantes e 20 policiais feridos. Na primeira reunião desde o ocorrido, a Comissão de Educação do Senado aprovou uma moção de repúdio à ação policial no Paraná. A vice-presidente do colegiado, Fátima Bezerra, do PT do Rio Grande do Norte, autora da moção, classificou o tratamento dado pela polícia aos grevistas como um “violento ataque” à dignidade de todos os professores do País e uma afronta ao Estado Democrático de Direito.
"Foram repelidos com bombas de efeito moral, golpes de cassetete, balas de borracha, jatos d’água, spray de pimenta e até mesmo ataques de cachorros da Polícia Militar. Um episódio que, enfim, chocou todo o Brasil, exatamente pelo conteúdo que teve de ataque, de violência, de desrespeito às liberdades individuais, de ataque à luta democrática, à luta pacífica, que era a luta dos professores naquele exato momento", disse Fátima Bezerra.
De acordo com a moção, os senadores da Comissão de Educação defendem o diálogo, mas vão se empenhar para garantir a apuração da responsabilidade pelos excessos cometidos pela Polícia Militar do Paraná, e que os culpados serão punidos. Esse documento será enviado para várias instituições, inclusive para o Ministro da Educação.
Fonte: Roberto Fragoso.
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