dep. Andrea Murad (PMDB) |
Por Andrea Murad - Em agosto de 2014, o então
candidato a governador, Flávio Dino, fez questão de negativar mais ainda
o nosso estado com a sua aloprada estratégia de denegrir seus
adversários. Em seus programas e comerciais eleitorais exaltou a onda de
violência e de forma irresponsável usou isso para fortalecer seu
discurso, que confirmamos hoje não passar de falácia do governo
comunista. Com certeza, se Flávio Dino for visitar a senhora com quem
conversou sobre a segurança no programa eleitoral, será posto de lá para
fora porque até agora nenhum resquício de mudança foi vislumbrado pelo
povo que confiou a Dino a tarefa de manter a ordem no estado.
Desde que assumiu o governo, a
insegurança aumentou, desencadeou-se uma série de explosões a agências
bancárias, assaltos cada vez mais audaciosos como o que culminou na
morte do estudante Rondinely; a fuga cinematográfica de bandidos que
resgataram presos da Penitenciária de Pedrinhas em uma operação
audaciosa com o conhecimento do serviço de inteligência; a chacina em
Panaquatira com 3 mortos e 6 feridos por arma de fogo, tragédia
anunciada; e agora o crime que chocou Vitória do Mearim onde policiais
perseguiram e depois – acobertados pela segurança pública –
testemunharam o suspeito caído e indefeso ser executado com dois tiros
na frente de populares por um vigilante e o mais grave, na presença de
policiais militares.
Mas criticar a gestão passada
tem sido até hoje a estratégia do atual governo para justificar a
incompetência de sua equipe. E vão além, a culpa é do Sarney! Ora,
ninguém agüenta mais essa conversa. Quando irão começar a trabalhar?
Desde que assumiu o governo em
janeiro de 2015, Flávio Dino sentiu a pressão do que é administrar um
Estado da envergadura do Maranhão com seus problemas e sua principal
riqueza: o povo. O ex-juiz vislumbrado com a nova patente achou que
conseguiria governar de toga, passa o início do seu mandato concentrando
esforços para criar estruturas administrativas e perseguir seus
adversários.
Enquanto o próprio governo
abriga agiotas mandando e desmandando nos recursos públicos com
contratos milionários para quitar dívidas de campanhas, chegou a nomear
como assessor dentro do palácio um cobrador de juros de agiota, aquele
que invade a casa das pessoas levando o que tiver dentro. E mais, detém
aluguéis superfaturados, militantes do PCdoB com salários altíssimos no
governo, mas desvaloriza os policiais.
O que se nota com o passar dos
meses, é que não houve um planejamento para a segurança pública do
estado por parte do governador, por isso não tem como colocar em prática
qualquer estratégia ou plano para reduzir o índice de criminalidade do
estado.
Mas afinal, o que foi feito
até hoje? Achou que convocar excedentes para formar militares —
esquecendo propositadamente de dizer que estarão nas ruas só ano que vem
— iriam reduzir os índices da violência? Como se o aumento no número de
policiais fosse a salvação da segurança do nosso estado.
A violência predominante é
fruto de uma série de carências sociais e mazelas que precisam ser
combatidas com planejamento, continuidade de projetos, compromisso e
pessoal capacitado. As medidas tomadas até agora não passam de decisões
impulsivas, frutos de uma equipe despreparada, de um secretário
visivelmente desequilibrado que, assim como o seu chefe, não aceita
críticas e parte para o ataque contra aqueles que ousam falar a verdade.
Na campanha, ao anunciar o
programa ‘Pacto pela Vida’, Flávio Dino prometeu contratar por concurso
público mais 8 mil policiais durante o seu mandato. Em janeiro, anunciou
de imediato 1.000 policiais. Após a chacina em Panaquatira e
pressionado pela opinião pública, anunciou mais 1.500 policiais,
enganando o povo de que a polícia já teria mais 2.500 homens na rua. Mas
a realidade é outra. Dos primeiros 1 mil chamados, somente 388
conseguiram se habilitar para Academia de Polícia que se conclui apenas
no fim do ano. Se todos concluírem a etapa, esses 388 novos policiais só
estarão trabalhando ano que vem. Então, em 2015, não teremos nenhum
novo policial nas ruas.
Ao chamar mais 1.500
policiais, para concluir todo o processo de seleção e formação, só
teremos um novo efetivo no final de 2016. E mais, com base no balanço
anual de policiais que entram para a reserva e os que efetivamente irão
compor o novo quadro, a PM vai diminuir o efetivo porque o número de
aposentados é muito maior do que os convocados da lista de excedentes.
Por isso, o coerente é convocar concurso público, uma promessa que até
agora ficou apenas nos discursos de campanha do governador.
O desespero de mostrar
resultados está batendo à porta do Palácio dos Leões e quem lá habita
não consegue enxergar além do próprio umbigo e que o verdadeiro ‘Pacto
pela Vida’ passa pelo sistema de educação onde professores são
valorizados e crianças e adolescentes são educados para uma vida de bem,
próspera, com um grande futuro pela frente; passa pelas políticas de
desenvolvimento social, onde se desenvolve programas como o VIVA LUZ,
beneficiando milhares de famílias maranhenses evitando que pais ou
filhos vivam em situação de vulnerabilidade social.
E principalmente, o ‘Pacto
pela Vida’ deveria prezar no sistema de segurança gestores capazes e
equilibrados para agir com estratégia e eficiência. São militares
questionando a discussão sobre policiais entrarem de folga sem portar
arma, — um direito previsto na legislação —, enquanto o secretário de
segurança nega de pé junto não propor tal absurdo, mas há informações de
que o comando geral já esteja recolhendo as armas. Absurdo mesmo são
militares deixando de proteger municípios maranhenses para combater a
violência na capital, como se isso resolvesse o problema.
O que se vê é um governo mais
‘perdido que cego em tiroteio’. A população que se cuide porque, no
momento, as grades em portas e janelas são a única garantia de segurança
do Maranhão.
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