O Maranhão esperava outra postura do governador

 

Por RICARDO MURAD Matéria de hoje, 27 de junho, publicada no jornal O Estado do Maranhão, mostra como o governo age em relação aos deputados de sua própria base de apoio como com aqueles de oposição, que na eleição para a composição da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa acertaram com o governador num jantar na residência do então candidato Humberto Coutinho, respeito e igualdade na distribuição das emendas parlamentares e recursos equivalentes para aqueles que não eram deputados, portanto sem emendas aprovadas no orçamento de 2015. O objetivo era assegurar a eleição do aliado de Caxias a todo custo. Exceção apenas da deputada Andrea Murad que se lançou candidata à presidência da Assembleia para denunciar a intervenção indevida do governador no Poder Legislativo, e o deputado Sousa Neto, que deu a ela o seu voto marcando também sua posição contrária a esse abuso, como se já estivessem antevendo o que viria acontecer e que agora se comprova.

Os deputados da base do governo: Wellington do Curso, Zé Inácio, Cabo Campos e Júnior Verde, somados aos deputados Edilázio Júnior, Adriano Sarney e Nina Melo, que garantiram o acordo para a eleição de Humberto Coutinho, tiveram os seus recursos para o São João, maior festa popular do Maranhão, retidos pelo governo porque votaram a favor do requerimento do deputado Adriano que pretendia trazer para reforçar o nosso sistema de segurança policiais da Força Nacional. Esse comportamento de Flávio Dino só não foi surpresa para a deputada Andrea, que após a votação do requerimento avisou aos deputados do governo que seriam retaliados. Dito e feito.

Mas, o grave disso tudo, é a constatação de uma prática que venho denunciando desde o início do governo que precisa ser combatida por todos aqueles que não aceitam um estado único, de exceção, onde os cidadãos perdem o direto de opinião, são privados pelo medo do maior de seus direitos que é o de viver com liberdade, sem temer seus governantes. A denúncia que a deputada Andrea fez contra o secretário Márcio Jerry, de Articulação Política, é tão séria que já mereceria do governador, se ele não fosse o mentor dessa postura, o afastamento imediato dele da secretaria. A deputada denunciou o crime do uso do dinheiro público para manipulação e cooptação de apoio na Assembleia num esquema igual ao mensalão do Congresso Nacional.

O deputado Sousa Neto com os demais integrantes da Comissão de Segurança da Assembleia têm dado significativa contribuição para melhorar o trabalho na área da segurança pública, mas o governo faz questão de ignorar  as sugestões que apresentam.

Espero que isto sirva para uma reação dos parlamentardes e de todos as pessoas que não aceitam restrição à liberdade de quem quer que seja, porque isso é só o começo. 

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