A Câmara dos Deputados reservou a maior
parte da sessão desta terça-feira (15) para discutir o impeachment da
presidente Dilma Rousseff. O plenário foi palco de intenso bate-boca,
com direito a gritos e vaias, e segundo a oposição, marcou o início do
processo de impedimento da petista.
A confusão teve início com a
apresentação, pela oposição, de um questionamento ao presidente Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), sobre o rito que ele irá adotar na análise dos pedidos
de impeachment de Dilma Rousseff.
Após mais de três horas de discussão,
uma das votações marcadas para esta noite (os destaques da proposta do
ISS) acabou adiada para quarta (16).
A oposição preparou placas com o dizer
“Xô CPMF” e chamou, em discursos, a presidente de “mentirosa”. Já os
governistas improvisaram uma placa menor, com “Xô golpistas”, e acusaram
os adversários de “golpe” com o pedido de afastamento de Dilma.
O clima começou a ficar acirrado
enquanto o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), lia o documento entregue a
Cunha. Os defensores de Dilma argumentaram que não havia embasamento
regimental para a apresentação dos questionamentos. Já a oposição
defendia sua questão de ordem. O presidente Eduardo Cunha não deu um
prazo para responder, mas afirmou que não se furtará à questão.
Logo após Mendonça, o vice-líder do
governo na Casa, Sílvio Costa (PSC-PE), acusou Cunha de “desrespeito à
democracia” e de estar “fazendo o jogo dos golpistas”. “Se não estivesse
comprometido com eles, não os deixariam nem ler”, afirmou na tribuna.
Em seguida, desabafou: “Isso é golpe! Fico engasgado com isso que está
acontecendo”.
Para a oposição, a discussão desta noite
marca o início do processo de afastamento da presidente Dilma. Os
deputados afirmam que até quinta-feira (17) pretendem apresentar o
pedido de impeachment feito pelo jurista Hélio Bicudo, que eles
endossaram.
O líder do governo, José Guimarães
(PT-CE), fez um discurso acalorado em salvaguarda ao governo e às
medidas anunciadas na segunda (14). Foi vaiado pela oposição. “Vejo o
cartaz ‘Xô CPMF’. Foram você que criaram no passado. A gente precisa ter
um pouco de caráter.”
Durante seu discurso, houve uma
discussão paralela entre parlamentares no meio do plenário. Jair
Bolsonaro (PP-RJ) e Orlando Silva (PcdoB-SP) trocaram ofensas e foram
afastados pelos colegas.
Jandira Feghali (PcdoB-RJ) subiu à
tribuna defender Dilma, a deputada disse que “guerra é guerra”. “Nossas
armas estão na luta popular e saberemos fazê-la.”
Para com isso cara pálida, visto que a luta popular hoje é pela retirada da Dilma!!!
Fonte: Portal Uol
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