Ex-presidente Lula fala sobre a Operação Lava Jato/Imagem com edição |
'Me senti um prisioneiro', diz Lula sobre condução coercitiva em SP
Ex-presidente foi levado até a PF para depor na Lava Jato. Depois, seguiu até diretório do PT, no Centro de São Paulo.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na tarde desta
sexta-feira, 04/03, que se sentiu preso ao ter sido levado coercitivamente
para prestar depoimento à Polícia Federal. Ele depôs no Aeroporto de
Congonhas, na Zona Sul de São Paulo e, em seguida, foi à sede nacional
do PT, no Centro da capital paulista, fazer pronunciamento. Lula disse
que 'não estão permitindo' a presidente Dilma Rousseff governe esse
país. E concluiu o discurso que "quiseram matar a jararaca, não bateram
na cabeça, bateram no rabo. Quero dizer que a jararaca está viva".
"Me senti prisioneiro hoje de manhã", afirmou durante pronunciamento na
sede do Partido dos Trabalhadores (PT), no Centro da capital paulista.
"Já passei por muita coisa na minha vida. Não sou homem de guardar
mágoa, mas nosso país não pode continuar assim."
Ele acrescentou que "jamais se recusaria a prestar depoimento. Não
precisaria ter mandado uma coerção". “Era só ter convidado. Antes deles
nós já éramos democratas.”
"Se o juiz [Sérgio] Moro e o Ministério
Público quisessem me ouvir, era só ter me mandado um ofício e eu ia como
sempre fui porque não devo e não temo", declarou
Lula criticou parte da Justiça. “Enquanto os advogados não sabiam nada,
alguns meios de comunicação já sabiam. É lamentável que uma parcela do
poder Judiciário brasileiro esteja trabalhando em associação com a
imprensa.” Ele acrescentou: “Antigamente você tinha a denúncia de um
crime, ia investigar se existia e prender o criminoso. Hoje a primeira
coisa que se faz é determinar quem é o criminoso”.
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