Deputado Cunha em seu discurso ataca e critica o PT/Foto: Jornal do Comércio |
Cunha fez a sua defesa da
tribuna da Câmara fazendo críticas ao PT e acusando o Supremo Tribunal
Federal de dar um tratamento diferenciado aos inquéritos abertos contra
ele no âmbito das investigações da Operação Lava Jato.
Segundo o
peemedebista, o chamado "petrolão" é um esquema criminoso para financiar
campanhas do PT e que a sua cassação vai ser usada pelos petistas para
falar que o impeachment de Dilma Rousseff foi um "golpe". "A minha
cassação é um troféu para dizer que foi dado um golpe na presidente
(Dilma). Golpe é usar o dinheiro da Petrobrás para apagar de caixa dois
de campanha", disse.
Ele também afirmou que houve uma diferença de
tratamento com relação a ele e os demais parlamentares alvos da Lava
Jato, inclusive o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Segundo ele, o prazo médio para o STF aceitar uma denúncia são 660 dias,
e que a dele foi aceita em menos de 60 dias. Ele afirmou também que até
agora só tem dois parlamentares réus no STF por causa da Lava Jato, ele
e o deputado Nelson Meurer (PP-PR).
Ele negou que tenha contas na
Suíça e disse que o trust não lhe pertence. "Quero saber qual é a
conta, qual é o número da conta? Que conta é essa que você não consegue
movimentá-la", disse. O peemedebista também afirmou que peça de acusação
do Ministério Público Federal não pode servir como base para processo
por quebra de decoro. "Não dá para trazer para apreciação do Conselho de
Ética investigações do STF", disse. Para ele, marcar a votação do seu
processo de cassação antes das eleições municipais é querer
transformá-la "em um circo".
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