Vereadora reeleita, Maria de Lourdes Pereira e Pereira (PC do B) / Foto: Arquivo do blog |
Muitas mulheres votam, mas poucas são eleitas.
Em Coroatá, não é diferente mais da metade dos eleitores é mulher, mas não conseguiram eleger mais de uma representante do sexo com isso deixa de cumprir a cota dos 30% para candidata feminina. A única candidata a se eleger, ou melhor reeleger foi a vereadora Maria de Lourdes Pereira e Pereira (PC do B), com 1.220 votos sendo a 4ª parlamentar mais bem votada no município.
No Brasil, as mulheres votam desde 1932 e desde 2000 são a maioria do
eleitorado. Atualmente as mulheres brasileiras têm ainda maior nível de
escolaridade e somam quase metade da população economicamente ativa do
país. Mesmo diante desse quadro, ainda existe a subrepresentação de
mulheres nas esferas do poder executivo, legislativo e judiciário.
Atualmente, a bancada feminina no congresso nacional conta com 45
deputadas (8,77%) e 12 senadoras (14,81%). Tem 2 governadoras (7,40%),
133 deputadas estaduais (12,85%), 504 prefeitas (9.8%) e 6.511
vereadoras (12.53%).
Em primeiro lugar, devemos nos perguntar: por que a presença de
mulheres é tão pequena no poder? Para algumas pessoas essa pergunta, por
si só, é descabida. Existe um pensamento arraigado de que as mulheres
não foram talhadas para a política e que esse número apenas reflete
“democraticamente” uma característica “natural” delas.
Barreiras
As dificuldades começam na vida privada: culturalmente as mulheres são responsáveis por uma longa jornada de trabalhos domésticos, não remunerados. Quando a mulher ingressa no mercado de trabalho recebe, em média, salário menor que os dos homens para desempenhar funções semelhantes e encontram dificuldade de ascender profissionalmente. Com todas essas atribuições sociais, como ter tempo de ingressar na política?
As dificuldades começam na vida privada: culturalmente as mulheres são responsáveis por uma longa jornada de trabalhos domésticos, não remunerados. Quando a mulher ingressa no mercado de trabalho recebe, em média, salário menor que os dos homens para desempenhar funções semelhantes e encontram dificuldade de ascender profissionalmente. Com todas essas atribuições sociais, como ter tempo de ingressar na política?
Quando a mulher consegue chegar aos partidos políticos, encontra
problemas como o descumprimento da lei que determina cota de 30% de
candidaturas femininas.
Para a socióloga Fátima Pacheco Jordão, do Instituto Patrícia Galvão,
essa baixa representação na política se deve a diversos aspectos e,
dentre eles, a própria dinâmica dentro dos partidos: “Pessoalmente
acredito que os partidos têm temáticas estreitas, que não abrangem as
temáticas das mulheres, dos jovens, dos negros. Além disso, a hierarquia
dos partidos é mais seletiva do que até a participação nos parlamentos:
a filiação de mulheres e a frequência delas nos diretórios é muito
alta. Porém nos postos de poder, nas executivas, é muitíssimo baixa”, destaca.
Vereadora reeleita, Maria de Lourdes Pereira e Pereira (PC do B) / Foto: Arquivo do blog |
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