Igreja Adventista do Sétimo Dia de Coroatá/ Foto: Fachada (reprodução arquivo) |
Conheça a história e a chegada do Adventismo em Coroatá. O livro do Apocalipse foi escrito pelo apóstolo João (95 d.C.), quando
estava preso na Ilha de Patmos, Jesus lhe revelou o destino das igrejas
desde aqueles dias até sua segunda vinda.
A Igreja Adventista do Sétimo Dia nasceu da profecia escrita no livro do (Apocalipse 12:17 e 19:10). Esse povo é perseguido, mas mesmo assim é perseverante e guarda os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus.
No Brasil o adventismo chegou em 1884 através de publicações que chegaram pelo porto de Itajaí com destino a cidade de Brusque, no interior de Santa Catarina. Em maio de 1893 chegou o primeiro missionário adventista, Alberto B. Stauffer que introduziu formalmente através da Colportagem os primeiros contatos com a população. Em abril de 1895 foi realizado o primeiro batismo em Piracicaba, SP, sendo Guilherme Stein Jr o primeiro batizado. Inicialmente os estados brasileiros com maior presença germânica foram atingidos pela literatura adventista. Conforme informações repassadas pelo pastor F Westphal, a primeira Igreja Adventista do Sétimo Dia em solo nacional foi estabelecida na região de Gaspar Alto, em Santa Catarina, em 1895, seguida por congregações no Rio de Janeiro e em Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, todas no mesmo ano.
Conheça a história da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Coroatá:
Em Coroatá o Adventismo chegou em 1950 através da mensagem vinda de Maria Fumaça pela linha Ferroviária (Teresina / São Luís) em trem trazida pelo pastor Gustavo Storch que saiu de Teresina em direção a cidade de Coroatá no leste do interior do Maranhão a 236 Km da capital.
À esquerda, Irmão Lourivaldo Amaral; à direita, Pastor Gustavo Storch / Foto: (reprodução arquivo) |
História da Igreja Adventista do Sétimo Dia em
Coroatá
A Chegada
do Adventismo em Coroatá
Viajando
de trem – a melhor opção de viajem entre São Luís e Teresina, na época –
Coroatá ficava exatamente na metade do caminho.
Interpretando
uma viagem de trem entre as duas capitais nordestinas, o cantor da região Luís
Gonzaga assim traduz a viagem, na música de autoria de João do Vale, “O
Maranhão do Século”, assim canta:
Peguei o
trem em Teresina
Pra São
Luís do Maranhão
Atravessei
o Parnaíba
Ai, ai,
que dor no coração!
O trem
danou-se
Pra
aquela brenha,
Soltando
brasa
E comendo
lenha
Comendo
lenha
E
soltando brasa,
Tanto
queima como atrasa
O Pastor Gustavo Storch pegou o trem em
Teresina e se dirigiu a Coroatá. O trem saiu de Teresina às 5:00hs da manhã e
chegou a Coroatá às 12:00hs “em ponto”. Está entre aspas porque esta era a
coisa mais difícil de acontecer. Quando a “Maria Fumaça” começava a “queimar
bronze”, atrasava muitas horas.
À esquerda, Maria Fumaça se preparando pra sair; à direita, desembarque de passageiros na Estação Ferroviária de Coroatá / Foto: (Reprodução Internet) |
Gustavo
Storch passou à tarde estudando com ele. Tiveram a intenção de realizar um
culto à noite na casa do Barreto e sua esposa Dorotéia, conhecida no lugar pelo
nome de Baíca.
Não havia
luz elétrica na casa de Barreto, nem na cidade. Por este motivo, ele foi pedir,
por empréstimo, o petromax da Igreja Presbiteriana. O pastor presbiteriano,
doutor Otávio, estava viajando, mas o presbítero da igreja Joaquim Carvalho,
tendo um “insight” no momento sugeriu: “Ora, porque não fazer o culto na
igreja? Aqui cabe mais gente”! Não sabia ele da dor de cabeça que esta decisão
iria lhe dar. A partir daquele dia, nunca mais a sua igreja iria ser a mesma.
Barreto aceitou
a ideia e, como a cidade era pequena, saiu de casa em casa convidando os amigos
para o culto na Igreja Presbiteriana. Foram convidados os crentes que sempre se
encontravam na igreja e outras pessoas da cidade. Na reunião estavam as
famílias Barreto, Amaral, Menezes e muitas outras convidadas.
Naquela
noite, Gustavo Storch pregou um tema sobre a Justificação Pela Fé em Cristo. O
impacto foi extraordinário. Todos apreciaram a mensagem. O pastor que já estava
com as malas prontas para viajar no trem da volta, no dia seguinte, mas foi
persuadido a ficar mais uma noite. Depois, mais outra noite... e outras noites.
Foi aceitando de bom grato. Ele não tinha mais pressa. Já havia mesmo perdido o
primeiro trem, e perderia agora tantos quantos fossem necessários para ver
aquelas pessoas sinceras tomar a sua decisão em favor da Verdade Presente.
Em uma
noite seguinte, ao chegar à igreja, deu de cara com o pastor presbiteriano que
já havia chegado. Tiveram um encontro cordial, mas quem deveria pregar era o
pastor da igreja e não estranho. Havendo um consenso democrático, a maioria dos
presentes escolheu o pastor adventista visitante. Foi uma noite de decisão.
À esquerda, Irmão Veras esposa da Ir. Manoel; à direita, Ir. Manoel Menezes |
Gustavo
Storch voltou para Fortaleza, onde morava, mas regressou outras vezes a Coroatá
para firmar na fé os que haviam decidido.
Muitos
decidiram ser adventistas, dentre os quais Lourival Amaral, Maria Amaral,
Antônio Veras, Manoela Veras, José Luís Barreto, Dorotéia (Baíca) Barreto, Benedita,
Cloro e esposa e outros. Foram batizados a 5 de agosto 1950.
Naquela
época, incentivada por seu irmão, que era pastor em outra igreja, irmã Manoela
estava construindo um templo batista bem pequeno, que passou a ser da Igreja
Adventista do Sétimo Dia.
A igreja
continuou crescendo, Anos mais tarde foi necessário ter um templo maior e um
outro terreno foi adquirido. A pedra fundamental do novo templo foi lançada
pelo Pastor José Gimenes, Logo o templo foi construído e inaugurado.
Morando
em Bacabal em 1968 e 1969, o autor desta obra foi o pastor em Coroatá. Teve o
privilégio de fazer uma grande série de conferência no Centro recreativo
Coroataense. Foram trinta noites seguidas. No final do evangelismo foram
batizadas 50 pessoas que, na época eram um número extraordinário. Depois de bem
preparados, outros foram batizados.
Hoje,
Coroatá é sede de um distrito.
Distrito de Coroatá. Ano 2012. - Pr. Lourivaldo Lima de Azevedo – Igrejas:
Central Coroatá, Pirapemas e Tresidela. Grupos: Macaúba, Nova Pirapemas,
São Bartolomeu, Timbiras e Vila Ricardo Murad. Famílias: Maçaranduba.
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