A Polícia Federal (PF) divulgou nesta quinta-feira (6) os nomes dos três presos na 2ª e 3ª fase da Operação Sermão aos Peixes, que investiga o desvio de verbas da saúde destinadas a hospitais públicos no Maranhão. Foram presos [ Péricles Silva Filho e Benedito Silva Carvalho], no Maranhão, e [ Emílio Borges Resende], na cidade de Juquitiba, em São Paulo.
Ricardo Murad, ex-secretário de Saúde do Maranhão (Foto: Biaman Prado / O Estado) |
Leia a íntegra da nota enviada pelo ex-secretário Ricardo Murad:
Me dirijo a vocês neste momento para esclarecer a respeito da operação da Polícia Federal e CGU.
Na
Secretaria de Saúde não houve desvios bilionários como afirma o
superintendente da Polícia Federal, mas sim muito trabalho, dedicação e
seriedade com os recursos públicos que destinamos para atender aos
maranhenses uma rede de hospitais, upas e centros especializados de
medicina digna de povos avançados.
Um absurdo – completo
absurdo, aliás - se imaginar que mais de um bilhão de reais tenha sido
desviado de serviços médicos hospitalares da rede estadual. Isso
levaria, com absoluta certeza, a que mais da metade dos hospitais do
Estado não estivessem funcionando nos últimos cinco anos, porque
representaria mais de 50% dos recursos aplicados no setor.
Justamente
o contrário do que todos vivenciamos!!! Qualquer um que tenha
necessitado dos serviços médicos/hospitalares ou tenha trabalhado da
rede estadual na época em que estive como Secretário pode atestar o que
digo. Ampliamos e melhoramos muito a oferta de serviços médicos, a
quantidade de hospitais, a qualidade do atendimento. Isso é público e
notório!!!
Meus amigos, por determinação da Justiça
Federal, que prontamente atendi, prestei depoimento por mais de 15
horas, com trinta páginas de esclarecimentos.
Respondi a
tudo o que me foi perguntado e deixei registrado que no período em que
estive à frente como secretário, ao contrário do que se divulga, não
houve superfaturamento, nem pagamentos de serviços, obras, medicamento e
materiais médico/hospitalar que tenham sido pagos sem a devida
prestação de serviço ou a correspondente entrega dos produtos e
materiais e muito menos pagamentos de médicos e funcionários fantasmas.
Sempre
me coloquei antes mesmo da operação à disposição da Justiça, MPF e PF e
continuo no mesmo propósito porque tenho o dever de defender a nossa
obra que, pela primeira vez, deu a todos os maranhenses oportunidades de
ter uma rede de assistência à saúde de primeiro mundo.
Ricardo Murad
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