A Câmara dos Deputados concluiu na noite desta terça-feira (13) a análise da medida provisória que estabelece uma reforma no ensino médio.
Durante a sessão, os deputados aprovaram tornar obrigatória a inclusão
dos estudos de filosofia e sociologia nessa fase de ensino. O texto
segue para o Senado.
O chamado "texto-base" da MP foi aprovado na semana passada, mas, para concluir a análise da medida, os deputados precisavam votar sugestões de alteração à proposta original. O texto-base não fazia menção à obrigatoriedade sobre os estudos de filosofia e sociologia.
Deputados críticos à emenda aprovada nesta terça, incluindo de PT, Rede e PSOL, queriam aprovar a obrigatoriedade desses conteúdos como disciplinas. O argumento deles é que o texto que segue para o Senado, por se referir a "estudos e práticas", abre uma brecha para que filosofia e sociologia sejam incluídas de forma diluída em outras disciplinas.
Especial G1: A reforma no ensino médio
O chamado "texto-base" da MP foi aprovado na semana passada, mas, para concluir a análise da medida, os deputados precisavam votar sugestões de alteração à proposta original. O texto-base não fazia menção à obrigatoriedade sobre os estudos de filosofia e sociologia.
Deputados críticos à emenda aprovada nesta terça, incluindo de PT, Rede e PSOL, queriam aprovar a obrigatoriedade desses conteúdos como disciplinas. O argumento deles é que o texto que segue para o Senado, por se referir a "estudos e práticas", abre uma brecha para que filosofia e sociologia sejam incluídas de forma diluída em outras disciplinas.
Especial G1: A reforma no ensino médio
Polêmica
Desde que foi apresentada pelo governo, em setembro, a reforma se
tornou alvo de protestos pelo país. Nos últimos meses, por exemplo,
estudantes chegaram a ocupar escolas para se manifestar contra a MP.
Por se tratar de uma medida provisória, o texto tem força de lei desde a publicação no "Diário Oficial", em setembro. Para se tornar uma lei efetiva, precisa ser aprovado em até 120 dias (4 meses) pelo Congresso Nacional.
A medida flexibiliza o conteúdo e determina que 60% da carga horária do ensino médio serão obrigatórios, enquanto os demais 40%, optativos, conforme o interesse do aluno.
Por se tratar de uma medida provisória, o texto tem força de lei desde a publicação no "Diário Oficial", em setembro. Para se tornar uma lei efetiva, precisa ser aprovado em até 120 dias (4 meses) pelo Congresso Nacional.
A medida flexibiliza o conteúdo e determina que 60% da carga horária do ensino médio serão obrigatórios, enquanto os demais 40%, optativos, conforme o interesse do aluno.
Na versão original enviada pelo governo, a MP dizia que somente
matemática, português e inglês seriam compulsórios. Os demais conteúdos
para a etapa obrigatória seriam definidos pela Base Nacional Curricular
Comum (BNCC), ainda em debate.
Tempo integral
A medida provisória em análise no Congresso Nacional incentiva o ensino
integral e estabelece que a carga horária deve ser ampliada,
progressivamente, até atingir 1,4 mil horas anuais. Atualmente, o total é
de 800 horas.
O texto aprovado estipula que, no prazo de cinco anos, as escolas deverão ter carga horária anual de mil horas.
O texto aprovado estipula que, no prazo de cinco anos, as escolas deverão ter carga horária anual de mil horas.
Itinerários e ensino em módulos
O conteúdo obrigatório no ensino médio será orientado para atender às
seguintes áreas: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências
humanas e formação técnica e profissional.
No texto, há a previsão de que o sistema de ensino tenha módulos e seja integrado para permitir que o estudante possa aproveitar aspectos de áreas diferentes.
As escolas, pela reforma, não são obrigadas a disponibilizar aos alunos todas as cinco áreas, mas deverão oferecer duas ou mais áreas, além de integrar com disciplinas de outros currículos.
No texto, há a previsão de que o sistema de ensino tenha módulos e seja integrado para permitir que o estudante possa aproveitar aspectos de áreas diferentes.
As escolas, pela reforma, não são obrigadas a disponibilizar aos alunos todas as cinco áreas, mas deverão oferecer duas ou mais áreas, além de integrar com disciplinas de outros currículos.
Apoio financeiro
A Medida Provisória instituiu o Programa de Fomento à Implementação de
Escolas em Tempo Integral, por meio do qual o Ministério da Educação
apoiará a criação de 257,4 mil novas vagas no ensino médio integral.
Originalmente, a previsão era repassar à rede de ensino R$ 2 mil por ano para cada aluno, durante quatro anos. O texto aponta que a política poderá ser aplicada "por dez anos".
Originalmente, a previsão era repassar à rede de ensino R$ 2 mil por ano para cada aluno, durante quatro anos. O texto aponta que a política poderá ser aplicada "por dez anos".
'Notório saber'
O texto aprovado manteve a autorização para que profissionais com
"notório saber", reconhecido pelo sistema de ensino, possam dar aulas
exclusivamente para cursos de formação técnica e professional, desde que
ligada às áreas de atuação deles.
Também ficou definido que profissionais graduados sem licenciatura
poderão fazer uma complementação pedagógica para que estejam
qualificados a ministrar aulas.
Fonte: G1
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