STF escolhe nesta quarta novo relator da Lava Jato


STF escolhe novo relator da Lava Jato nesta semana Expectativa é de que nome seja definido nesta quarta ou quinta-feira.

Depois da presidente Carmen Lúcia homologar as 77 delações premiadas da Odebrecht durante seu plantão no recesso do Judiciário, a escolha do substituto para relatar os processos da operação Lava Jato, que estavam sob a responsabilidade de Teori Zavascki, morto em um acidente de avião em Paraty (RJ), deve ser rápida. 

A decisão sobre o formato da escolha do relator vai ser tomada em uma reunião administrativa entre os ministros na manhã desta quarta-feira (1°), ou no dia seguinte. 

A alternativa mais cogitada em conversas informais dos ministros é o sorteio da relatoria da Lava Jato entre os integrantes da Segunda Turma, colegiado que era integrado por Teori e que já julgou recursos da Lava Jato. Fazem parte do colegiado os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.

Outra medida que poderia ser tomada seria a transferência de um integrante da Primeira Turma para a segunda. O nome defendido nos bastidores é o do ministro Edson Fachin, com perfil reservado, semelhante ao de Zavascki, o que, contudo, é menos provável. Fachin teria que apresentar um ofício à presidente do Supremo, formalizando o pedido, para participar do sorteio.

Também não está descartada a possibilidade de Cármen Lúcia decidir sortear a relatoria entre os nove ministros do Supremo, apesar de ser mais remota, de acordo com a Folha

Outra possibilidade seria indicar o substituto de Teori na Corte, mas Michel Temer só deve indicar um nome após a definição do relator da Lava Jato. 

O ministro sorteado vai assumir apenas os casos relacionados à Lava Jato, e não as outras mais de 7 mil ações de Teori, que ficarão com o novo ministro do STF.

Nesta quarta-feira (1º), a Corte retorna aos trabalhos após o período de recesso. No início da sessão, está prevista uma homenagem ao ministro Teori Zavascki. Oito ações que tratam de assuntos fiscais, que estavam sob a relatoria de Teori, serão retiradas da pauta de julgamento. Deve ser incluída na pauta a validade da candidatura à reeleição do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. 

Sigilo das delações
O novo relator será o responsável por tirar ou não o sigilo dos depoimentos dos 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht que fecharam acordo de colaboração. Carmen Lúcia optou por não retirar o sigilo e deixar a decisão para o futuro relator.

Nesta segunda-feira (30), Cármen Lúcia se reuniu com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que já recebeu os termos da homologação e agora pode usar o material nas investigações da Lava Jato. A Procuradoria vai analisar as delações para decidir o que deve ser investigado. Não há prazo para conclusão. 

O sigilo das delações pode ser levantado quando a denúncia for oferecida, um depoimento for incluído em investigação sem segredo de Justiça ou se o Ministério Público pedir. Levamento da Folha mostra que a procuradoria optou por manter o sigilo sobre a maioria das delações, ainda que já tivessem sido homologadas.

Advogados de defesa de delatores também podem pedir para retirar o sigilo, mas quem decide é o relator no Supremo.
Fonte: Jornal do Brasil

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