A cada dia, em média, oito ônibus são incendiados ou depredados nas 27 regiões metropolitanas das capitais. Levantamento com base em dados de governos, prefeituras e sindicatos de empresas mostra que, do início de 2013 até ontem, 230 veículos de transporte coletivo foram queimados e outros 3.111, depredados.
A cidade de São Paulo teve, neste mês, 33 ônibus incendiados. Passageiros, motoristas e cobradores estão em pânico. Com os 33 ônibus queimados neste ano, São Paulo registra uma média de mais de um caso por dia. O número supera a quantidade anotada ao longo do primeiro semestre de 2013, quando 21 ônibus foram queimados na cidade.
Em todo o ano passado, 53 ônibus foram incendiados na capital paulista. Até esta sexta, outros sete coletivos intermunicipais foram destruídos pelo fogo na Grande São Paulo, de acordo com a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo). Os casos aconteceram na capital, em Itapecerica da Serra, São Bernardo do Campo, Embu das Artes e Ferraz de Vasconcelos.
Por causa dos incêndios, desde o começo da semana, linhas de ônibus têm parado de circular ou circulado com restrição em regiões onde foram registrados ataques, deixando moradores sem transporte público.
Nas capitais e no entorno, a motivação para os atos de vandalismo é variada, como ações do crime organizado, reivindicações específicas de moradores, protestos populares como os de junho pelo valor da tarifa.
O total de 3.341 ônibus representa uma média de oito ataques a cada dia e de cerca de 255 por mês. O prejuízo chega a no mínimo R$ 69 milhões, se considerados só os ônibus incendiados – um modelo tradicional custa R$ 300 mil.
Atacar um ônibus tornou-se vitrine para criminosos e manifestantes, segundo Otávio Cunha, presidente-executivo do NTU, associação nacional das empresas de ônibus. “Houve um acréscimo [em 2013]. As manifestações de junho acirraram os ânimos.”
Com informações da Agência Brasil e Valor Econômico
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