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Depois que as disputas eleitorais foram engolidas pela
força da mídia, ninguém mais duvida de que política se faz com a predominância
da opinião pública na formação da identidade de cada candidato.
Os dois principais candidatos que polarizam as eleições ao Governo do
Maranhão, o comunista Flávio Dino, presidente da Embratur, e o ex-prefeito de
São José de Ribamar e secretário de Infraestrutura, Luis Fernando Silva, já
começam a ter suas respectivas imagens formadas no ideário da população.
De um lado, Dino aparece com o discurso anti-Sarneyzista utilizado à exaustão
e de forma enfadonha, em uma campanha que corre sérios riscos de não decolar por
falta de munição mais original e sem um conjunto de ações ou obras para mostrar
ao eleitorado.
Sobre a candidatura que prega “mudança” pesam aliados, em sua maioria, com
imensa ficha corrida comprometedora e vulnerável aos ataques no ringue
eletrônico do horário eleitoral no rádio e na tv.
Por sua vez, Luis Fernando desponta com um perfil alicerçado por uma virtude
inquestionável, o de trabalhador. Nem os eleitores de Flávio Dino contestam o
fato de que o secretário é realizador e que trabalha para fazer política de
resultados.
Dificilmente, Dino conseguirá associar a virtude de ser trabalhador na
próxima eleição de outubro. O artifício de criticar e falar mal do Maranhão
tende a se esgotar e demonstra certo infantilismo próprio de campanhas amadoras,
distante do perfil de executivo que a população exige atualmente para os
gestores públicos. Ao mencionar termos como “ódio”, “nazismo” e expressões como
“já me queixei ao senador Sarney”, Dino só reforça a imagem de despreparado para
enfrentar problemas complexos de um Governo.
O peemedebista Luis Fernando Silva aparece ainda com o trunfo de uma
habilidade política impressionante, a de aglutinar grupos antagônicos da
política municipal, em municípios como Imperatriz, Grajaú, Codó, Balsas,
Açailândia, Barra do Corda, Chapadinha, Presidente Dutra e várias outras
cidades.
Em Imperatriz, por exemplo, Luis Fernando tem o apoio público, aberto,
declarado e efetivo do prefeito Sebastião Madeira (PSDB). E reúne no mesmo
palanque o ex-prefeito Ildon Marques de Souza (DEM) e membros do PT.
Em recente passagem por Grajaú, o candidato do PMDB reuniu o prefeito Capitão
Otsulka, os ex-prefeitos Milton Gomes (PMDB) e Mercial Arruda (DEM), e até o
vice-prefeito, ex-comunista que deixou o partido para apoiá-lo.
Em Barra do Corda, Luis Fernando é o único que consegue por no mesmo palanque
os ex-prefeitos Avelar Sampaio (PTB) e Manoel Nenzim (PV), ao lado do atual
prefeito Erick Costa.
O mesmo ocorre em Chapadinha, onde a prefeita Dulcilene Pontes, do grupo do
ex-prefeito Isaías Fortes (PTB), sobe ao palanque com os também ex-prefeitos
Magno Bacelar (PV) e Danúbia Carneiro, além de várias outras lideranças.
Com tal habilidade acrescida da capacidade de realização, Luis Fernando só
tendo a crescer diante dos olhos esperançosos da maioria da população que, a
cada dia, quer mais do que promessas vazias ou discursos inflamados e raivosos.
A política mudou e só não vê quem não quer.
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