Oposição pede saída de Graça Forte da presidência da Petrobras.
A demissão foi defendida na tarde desta quarta-feira durante reunião da CPMI da Petrobras, que debateu o regime de contratações da companhia.
Os partidos de Oposição alegam que a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, mentiu à CPMI. Em depoimento à comissão em junho, ela disse que não havia indícios de irregularidades entre a Petrobras e a empresa holandesa SBM, fornecedora de navios plataforma. Só que dois meses antes, a pedido da própria petrolífera, a Controladoria Geral da União abriu uma auditoria e uma sindicância para apurar o pagamento de propina da SBM a empregados da Petrobras. Para o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy, da Bahia, Graça Foster não pode continuar no comando da empresa:
Porque entendo, independente dessa questão, que a presidente Graça Foster, não tem mais condições de presidir a Petrobras. Ela perdeu a autoridade moral e mentiu durante o depoimento dessa CPMI, não apenas para os senhores deputados e senadores, mas para mentiu para o povo brasileiro.
A senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, defendeu a apuração das irregularidades, mas pediu cautela:
Eu quero apurar o que tem de errado na Petrobras. E não quero que isso seja misturado com política. Tem gente aí que quer transformar em fato político, quer inclusive mudar os rumos das eleições.
A CPMI da Petrobras debateu nesta quarta-feira o regime de contratações da estatal. Desde 1998, a empresa adota um modelo próprio, regido pelo Decreto 2.745, para simplificar as contratações de obras e serviços. Representantes da empresa defenderam a legalidade do decreto e disseram que ele foi necessário para dar a Petrobras condições de competir em pé de igualdade com outras petrolíferas do mundo. Já o represente do Tribunal de Contas da União questionou o decreto e disse que o TCU já pediu ao Supremo Tribunal Federal que decida se o regime simplificado adotado pela Petrobras é ou não legal.
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