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Os cartórios registraram 1.041.440 de casamentos no Brasil no ano passado, enquanto a quantidade de divórcios chegou a 341,6 mil. Isso quer dizer que, para cada separação registrada no País em 2012, houve pelo menos três casamentos.
Os dados fazem parte da pesquisa Estatísticas do Registro Civil, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira, 20/12.
O estudo indica que o número de divórcios teve uma redução de 1,4%, enquanto os casamentos aumentaram, coincidentemente, 1,4% na comparação entre 2012 e o ano imediatamente anterior.
Do total de matrimônios em 2012, quase a totalidade dos noivos era de pessoas com 15 anos ou mais. Para cada mil habitantes brasileiros nessa faixa etária, houve 6,9 casamentos.
Os Estados com os maiores índices de casamentos são Rondônia (10,3 para cada mil pessoas), Distrito Federal (8,7 para cara mil), Espírito Santo (8,7 para cara mil) e Goiás (8,6 para cara mil). Por outro lado, os gaúchos são os que menos se casam no País (4,6 para cada mil pessoas), seguidos pelos moradores do Amapá e do Maranhão (ambos com 5 por mil).
Outra informação relevante que o estudo do IBGE traz é que, apesar das mudanças no padrão etário, os casamentos em que o homem é mais velho que a mulher ainda dominam — isso ocorreu em 76% em 2012.
Entretanto, a proporção de casamento em que a mulher tem idade maior que a do homem é crescente, passando de 20,7% em 2002 para 24% em 2012, o que ocorreu em todas as grandes regiões do País.
Divórcios
Em 2012, de cada mil casais, 2,5 se separaram, de acordo com o IBGE. Essa taxa é praticamente a mesma de 2011, quando o índice ficou em 2,6 divórcios para cada mil brasileiros casados.
Em 2012, os Estados que lideraram a lista de divórcios foram Distrito Federal, Rondônia e Mato Grosso do Sul — com índices de 4,4 por mil, 4 por mil e 4 por mil, respectivamente. Por outro lado, o Piauí e o Amapá tiveram as menores taxas em 2012 — ambos com 1,3 divórcio por mil.
Em São Paulo, segundo o IBGE, houve três divórcios para cada mil casamentos e, no Rio de Janeiro, 1,9 de cada mil matrimônios terminou.
O IBGE explicou que uma mudança na legislação brasileira de 2010, sobre a dissolubilidade do casamento civil pelo divórcio, facilitou a separação. Não existe mais o requisito de prévia separação judicial por mais de um ano ou de comprovada separação de fato por mais de dois para a realização do divórcio.
Este dispositivo legal reduziu a ação do Estado na vida privada das pessoas no que tange a dissolução do casamento uma vez que se suprimiu a necessidade de apresentar um motivo para o divórcio. Assim, ficou mais ágil o processo de divórcio e, consequentemente, impulsionou as taxas, as quais passaram a um novo patamar.
Fonte: IBGE
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