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|  Artur Ávila recebe a Medalha Fields (Foto: Divulgação/EBS)  | 
Artur Ávila ganhou o prêmio máximo da área de conhecimento. Veja outros brasileiros de sucesso que foram medalhistas na época escolar.
	Artur Ávila Cordeiro de Melo sempre quis ir além do que a escola lhe 
proporcionava. Principalmente quando o assunto era matemática. Pedia aos
 pais que lhe comprassem livros para explorar ainda mais o universo das 
ciências exatas. A paixão pela matemática se consolidou quando Ávila 
passou a participar das olimpíadas de conhecimento. Aos 13 anos, ganhou 
sua primeira medalha de matemática. Aos 35, levou um prêmio equivalente 
ao 'Nobel' nesta área de conhecimento.
	O sucesso de Ávila mostra como alunos que ganharam medalhas em 
olimpíadas de matemática podem se tornar profissionais consagrados no 
futuro. Se no Brasil o aprendizado de matemática é um dos maiores 
problemas nas escolas, estes campeões descobriram neste universo mais do
 que a paixão por equações e fórmulas, uma carreira promissora.
	"Sempre gostei de matemática, mas em olimpíada era diferente", explica 
Ávila, que publicou um importante estudo sobre sistemas dinâmicos em 
2003, quando tinha apenas 23 anos. Outros brasileiros seguiram um 
caminho de conquistas no campo profissional.
	Aos 16 anos, Ávila ganhou a medalha de ouro na Olimpíada Internacional 
de Matemática no Canadá, vencendo 411 oponentes de 72 países. Desde 
então, ainda cursando o ensino básico, o carioca passou a frequentar as 
disciplinas da pós-graduação do IMPA, onde concluiu seu mestrado junto 
com o ensino médio. Assim, Avila não cursou graduação e foi direto para o
 doutorado no IMPA
	O G1 procurou alguns ex-campeões olímpicos para saber 
como a competição interferiu na  sua escolha profissional. Ouviu, ainda,
 opiniões sobre como o sucesso de tantos brasileiros em competições 
matemáticas de ponta pode ser revertido no ensino da disciplina nas 
salas de aula brasileiras.
	Davi Máximo, de 29 anos, é professor de matemática na Universidade 
Stanford, uma das mais importantes dos Estados Unidos. Nicolau Saldanha,
 de 49 anos, fez mestrado nos EUA, doutorado na França e hoje transmite 
seus conhecimentos como professor e pesquisador da PUC-Rio. Gerson 
Tavares Câmara de Souza, filho de um operário e uma empregada doméstica,
 hoje é engenheiro de automação e coordena projetos de sistemas 
elétricos em uma empresa de automação industrial. Guilherme Souza, outro
 ex-campeão, trabalha na Microsoft nos Estados Unidos.
	As olimpíadas cobram conhecimento que vão além das aulas do ensino 
médio e desafiam os competidores a solucionar problemas matemáticos com 
raciocínio e criatividade. Há quem se encante por este universo e 
descubra no campo dos números e fórmulas matemáticas uma nova carreira. E
 garante, ainda, que a matemática de verdade, não a da sala de aula, não
 tem nada de chata ou assustadora. É empolgante.
	Há a olimpíada específica para alunos da rede pública, a Obmep, que 
existe há dez anos, e a Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) que 
reúne tanto competidores de escolas públicas quanto de privadas, desde 
1979. A OBM serve como seletiva para formar as equipes que participam 
das competições internacionais. A mais importante delas é a IMO, na 
sigla em inglês, que ocorre durante o mês de julho desde 1959, cada ano 
em um país, com jovens de até 19 anos do mundo todo.
Fonte: G 1

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