Morre a comerciante coroataense atingida em troca de tiros no Complexo da Maré Cláudia Rocha foi baleada durante confronto entre traficantes e militares

Cláudia estava na janela de casa e não conseguiu escapar dos tiros


Rio - A comerciante Cláudia Rocha, de 44 anos, foi morta com um tiro na cabeça no início da noite de terça-feira na Vila do João, Complexo da Maré. Ela teria sido atingida quando estava na janela de casa durante um tiroteio entre militares do Exército e traficantes de drogas. O corpo da comerciante, que tinha uma loja de roupas na comunidade — a Cláudia Modas —, foi encontrado dentro da sala dela por homens da Força de Pacificação. Em relatos nas redes sociais, moradores da Maré contaram que Cláudia chegou a ser advertida por suas amigas, que estavam na casa dela, para sair da janela por causa dos tiros, mas foi atingida antes.

 
De acordo com nota emitida pelo Exército, os militares estavam em patrulhamento, próximo à Travessa 13, quando foram atacados por suspeitos com disparos de fuzil e pistola e revidaram. Logo depois do confronto, os soldados foram alertados por moradores de que Cláudia teria sido baleada. Ainda segundo a versão da Assessoria de Imprensa da Força de Pacificação, a vítima estaria ‘numa posição afastada e à retaguarda da tropa, quando foi atingida’.

Cláudia foi baleada na Rua 2, próximo à principal via da Vila do João. Pouco antes de ela ser baleada, moradores relatavam intensos tiroteios em diferentes localidades do conjunto de favelas — como Pinheiro e Morro do Timbau. A Delegacia de Homicídios da Capital (DH) realizou perícia de local e vai ouvir os militares envolvidos no confronto para tentar descobrir de onde partiu o tiro que matou a comerciante.

No mesmo comunicado, a Força de Pacificação defendeu a atuação da tropa na Maré. “A Força de Pacificação tem priorizado, em todas as situações, a segurança da população. Seus integrantes passam por treinamento constante e são militares profissionais com experiências adquiridas no Haiti e na pacificação dos complexos do Alemão e da Penha. Por fim, a Força de Pacificação continuará empreendendo esforços para garantir a segurança da população e desarticular as facções criminosas na área da Maré”, diz a nota. 
 
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